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18/02/2012 - 18h01m
Cibergestor: o novo mediador da rede
 

Pesquisadora identifica uma nova figura profissional para gestão eficaz das redes sociais corporativas

As redes sociais corporativas tornaram-se uma opção para empresas que desejam estreitar as relações entre funcionários num ambiente virtual. Neste sentido, para a utilização de uma rede social ou comunidade virtual que pretenda ser uma comunidade de fato e usufruir dos benefícios que ela comporta, é de vital importância a presença de uma nova figura profissional gestora destas atividades: o cibergestor.

O termo foi criado pela pesquisadora Sandra C. Machado, que identificou esta necessidade a partir da pesquisa "Cidade Virtual®: Estudo de caso sobre uma Cidade Virtual Corporativa", efetuado sob a supervisão da psicóloga Prof. Dra. Denise Camargo, sobre a rede social corporativa criada pela empresa paranaense Learnway. De acordo com a pesquisadora, o cibergestor pode ser caracterizado como um profissional, perspicaz, proativo e comunicativo, que representa a presença constante da empresa dentro da comunidade corporativa. "A sua atribuição é desempenhar uma mediação sensível e empática, atentando a comunicação e as relações interpessoais entre os membros no âmbito pessoal e profissional, incentivando os comportamentos positivos e reconhecendo as manifestações emocionais que possam surgir entre eles, como acontecimentos de conquistas pessoais, de dificuldades, ou até de lutos prestando o reconhecimento e o retorno solidário que um sujeito espera em determinadas situações, fortalecendo deste modo o sentimento de pertença entre usuário e corporação", explica.

Com a pesquisa, Sandra percebeu que as empresas têm se preocupado muito com a utilização das redes sociais e suas especificidades técnicas, principalmente quanto à segurança de dados na rede e ao tempo que o colaborador dedica a este recurso, por exemplo. Entretanto, ela destaca que pouco está sendo discutido sobre o fato do recurso não ser somente uma ferramenta da moda, mas, principalmente um meio de comunicação corporativo que visa desenvolvimento profissional. "Por se tratar de um ambiente novo na empresa é necessário ter um mediador que ofereça um modelo de comportamento aos demais usuários. Portanto, a presença do cibergestor é de vital importância", esclarece a pesquisadora, enfatizando que além de estimular as reflexões entre os participantes para a finalidade que os reúne, fomentando a criatividade e colaborando para que o grupo chegue aos resultados esperados, ainda é de sua competência elaborar relatórios periódicos sobre o andamento da comunidade fornecendo soluções para o alcance de melhorias e de novas iniciativas.

Um cibergestor na Electrolux

Exemplo de quem exerce o papel de cibergestor é o da assistente administrativa da Electrolux Ana Carolina de Araujo Perantunes, que está há dois anos na função. A empresa trabalha desde 2009 com a rede social corporativa da Learnway, uma Cidade Virtual® chamada de Eluxcity, destinada à rede de colaboradores que atuam no pós venda da indústria.

A função de Ana Carolina é administrar e implementar todas as ações de melhorias relacionadas à Cidade Virtual®. Além de monitorar os treinamentos e-Learning, ela acompanha o aluno durante todo o processo de treinamento, incentivando a conclusão, esclarecendo dúvidas e informando prazos, por exemplo. "A Cidade Virtual permite que a empresa acompanhe as tendências das áreas de Treinamento & Desenvolvimento que vêm utilizando cada vez mais as mídias sociais como ferramentas de capacitação. Além disso, com o apelo de mídia social, ela pode ser implementada sem a necessidade de treinamento para os usuários devido a sua navegabilidade simples e intuitiva. O fundamental é que com a Cidade Virtual® os colaboradores se sentem mais próximos da empresa e sentem que fazem parte de uma comunidade. Com isso, formamos promotores da nossa marca", diz.

Ana Carolina considera importante a identificação deste novo perfil profissional, que atua com a implementação de melhorias, bem como com a promoção do relacionamento dos usuários com a empresa, da empresa com os usuários e dos usuários com os demais usuários (Bottom - Up / Top - Down e Peer to Peer). "O cibergestor tem o objetivo de manter a cidade sempre ’viva’, a pleno vapor, mantendo o usuário sempre com senso de pertencimento a uma comunidade; a comunidade de onde ele trabalha", finaliza.

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