Os supermercadistas aumentaram em 14% as encomendas para a Páscoa e apostam no período para retomar o crescimento das vendas. O aumento nas vendas no período deve crescer entre 10% e 15% na comparação com a Páscoa do ano passado. A avaliação da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) é baseada em um levantamento realizado pela Fundação Abras com 50 supermercadistas do país, que respondem por 50% do faturamento do setor. "Como a Páscoa acontece no meio de abril, a temperatura mais amena ajudará nas vendas, principalmente de chocolates", afirma João Carlos de Oliveira, presidente da Abras. O levantamento mostra que 80% dos entrevistados acreditam que os consumidores comprarão mais neste ano. Ninguém espera queda. Os campeões de venda devem ser os chocolates - em barra, bombons e ovos de Páscoa. A preferência deve concentrar-se em ovos menores, de até 150 g e, mais baratos, confirmando tendência apontada desde o ano passado. Para João Carlos de Oliveira, as marcas líderes devem reajustar os preços dos chocolates entre 5% e 8% em relação ao ano passado. "Isso se explica pelo aumento do número de lançamentos das grandes indústrias, principalmente temáticos, que embutem grandes custos de marketing", diz Oliveira. Mas, nas marcas menores e regionais, os preços tendem a se manter estáveis. Já nos produtos de marca própria, os ovos podem custar até 20% menos, se comparados às marcas líderes. Importados Em razão da queda do dólar, os produtos importados também serão favorecidos. É o caso do bacalhau. A pesquisa entre os supermercadistas indica que as encomendas serão 14% maiores do que em 2005, com queda nos preços de 15% a 20%. O mesmo ocorre com os vinhos importados, com expectativa de vendas 16% mais altas que em 2005 e queda de 15% nos preços.
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