Enquanto trabalho, principalmente no desenvolvimento de softwares, sempre mantenho o rádio ligado. Cada dia sintonizo-o em uma estação diferente. Terça-feira, dia 18, foi a vez da Gaivota. Sei que se levasse em consideração o desejo expresso pelo radialista Elísio Russo, encarapitado em sua fina educação, o que eu deveria fazer era ir “catar coquinho”, juntamente com os ouvintes que se identificam com o que ele discorda. Mesmo assim, prevendo uma indisposição, mas por instinto, sabedor de angariar material que resultaria em um texto, aguardei a sua entrevista com Bado Todão. Confesso que estava curioso para ouvir a fala do entrevistado, tendo em vista o que disse o Prefeito, em entrevista na mesma rádio, no dia 30 de março. O assunto era a encenação da Paixão de Cristo. Ouvi a opinião do organizador, diretor, principal ator etc., sobre o acontecimento e como não poderia deixar de ser, era tendenciosa. Totalmente desculpável, pelo seu envolvimento na realização do evento. Não posso discordar da afirmação que fez quando disse que o espetáculo não saiu a contento uma vez que foi feito de afogadilho, sem planejamento, em local diverso do pretendido. Também não tenho o que falar de sua declaração quanto aos “pequenos” apoios recebidos do empresariado local. Não posso porque, infelizmente, mais uma vez, perdi a apresentação do espetáculo. Espero que a promessa feita no programa, da elaboração de um projeto completo para 2007 (com quantificação, custos, cronogramas etc.), possibilite, com a antecedência necessária, a captação de recursos junto ao empresariado. Um projeto bem feito é o caminho para a obtenção de recursos. Recursos, agregados a profissionalismo, farão do espetáculo uma atração turística. Como nada foi dito em relação ao assunto abordado anteriormente pelo prefeito, na rádio, no dia 30 de março, fiquei surpreso quando Bado Todão e Elísio Russo, ao final da entrevista, comentaram sobre a existência de críticos ferrenhos, invejosos e contrários a encenação da Paixão de Cristo. Acompanho as informações sobre Ubatuba pelos jornais, rádios, TVs e Internet e não vi nada disso. Muito pelo contrário, antes da realização do evento, o que vi foi um bando de puxa-sacos e paus-mandados falando mentiras (politicagem), mas sempre elogiando, sem que alguém os contradissesse. Após, ouvi elogios e opiniões contrárias, afinal, como afirmou Bado Todão, a encenação da Paixão de Cristo é um evento religioso. Encerrando, suponho que propositalmente, esqueceu de certos agradecimentos. Minha veia investigativa pulsa insistentemente: de quem era o figurino utilizado no evento?
Nota do Editor: Luiz Roberto de Moura é engenheiro civil e consultor de informática. Iniciou no jornalismo em 1970 como colaborador da Folha da Baixada. Na administração pública, em Ubatuba, dirigiu várias secretarias municipais. É o responsável pelo UbaWeb - O Portal de Ubatuba.
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