Anand Rao, músico e escritor de Brasília desistiu de ser reconhecido na música e na literatura áreas que milita desde 1979. Resolveu disponibilizar seus poemas (20 livros publicados) e suas músicas (03 CDs independentes gravados) na internet para que todos possam fazer downloads, ouvir sem compromisso etc. Após longos anos de militância e apresentação descobriu que o reconhecimento na arte tem dois caminhos, ou você é ou não é e ele não é. Sempre que toca em bares, não é ouvido, quando toca suas músicas, muito menos, quando recita, as vezes contagia com poemas de Drummond e Bandeira e quando recita os próprios tem uma pequena audiência. Viu então que o caminho melhor é disponibilizar toda sua vida cultural e torcer para estar no lugar certo na hora certa, ou ser visto por um produtor que queira lhe produzir, ser visto através do seu site mas, sabe também que isso é difícil. Enfim, continua a tocar muito raramente e se mantém das suas atividades jornalísticas, pois, detectou que sua música é elogiada por músicos mas, pelo ouvinte comum é considerada muito elaborada. Além de disponibilizar as poesias e músicas em seu site (www.anandraobr.com), disponibilizou também sua agenda, críticas e elogios a shows que assiste. Enfim, documenta sua vida cultural para todos que quiserem participar dela. Assessor de imprensa autônomo, tem esta outra forma de renda mas, desejava ser reconhecido pelos seus trabalhos culturais e isto não aconteceu. Crê também que a cada dia, com a proliferação da informação, nós temos mais chance de utilizar este mecanismo e divulgar por ele tudo que não podíamos fazer no passado. Além do site, participa de salas temáticas na área cultural com poetas, músico etc. Antigamente se sentia só por ser um ouvinte da música instrumental em geral, mas, agora pertence a grupos que conversam, trocam idéias e discutem sobre o tema que gosta, por exemplo, o jazz. Pretende também, dentro do seu limite de tempo, otimizar a divulgação do seu site no orkut que é uma ferramenta, se bem utilizada, muito útil na sua opinião. Enfim, o que parecia o princípio do abismo, do desânimo, está movendo o trabalho deste músico que ora para ser reconhecido por algum produtor.
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