Selo da ABICAB garante amendoim de qualidade; SGS é responsável pelo monitoramento do mercado e pelas auditorias de Boas Práticas de Fabricação A certificação é a arma usada pelas indústrias transformadoras de amendoim para eliminar a associação do produto à presença de aflatoxinas - micotoxinas produzidas pelos fungos Aspergillus Flavus e Aspergillus Parasiticus - em paçoquinhas, pés-de-moleque, cajuzinhos e alimentos industrializados como amendoim torrado, amendoim japonês, ovinhos de amendoim, entre outros. A preocupação dos consumidores cresce no período que antecede as festas juninas, quando o consumo dos produtos aumenta em 30%. Segundo dados do Programa Pró-amendoim, desenvolvido pela ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) desde 2001, houve redução drástica - de 40% para 6% - da contaminação pela substância nos produtos industrializados, garantindo que atualmente mais de 90% dos alimentos pesquisados estejam apropriados para o consumo. O selo "Amendoim de Qualidade ABICAB", impresso nas embalagens, ajuda na identificação das empresas que cumprem exigências técnicas de produção e respeitam normas nacionais e internacionais de segurança e higiene alimentar. Onze empresas já exibem este selo, e mais três estão trabalhando para atingir esta meta. "Os produtos das empresas que já conquistaram o selo tem rigoroso controle para evitar a contaminação por aflatoxina e são fabricados dentro de padrões de Boas Práticas de Fabricação, exigidos pela ABICAB. Por isso, é importante que os consumidores verifiquem a presença do selo nas embalagens", alerta Juliani Kitakawa, Gerente Técnica da SGS do Brasil, empresa contratada pela ABICAB para fazer auditorias nas indústrias associadas e o monitoramento dos produtos no mercado. A SGS audita as fábricas e monitora periodicamente os produtos. A cada três meses, uma equipe recolhe aleatoriamente mercadorias no varejo e realiza as análises laboratoriais. Os relatórios são avaliados pela ABICAB. Os resultados que apresentam índices elevados de contaminação são encaminhados à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e seus departamentos nos estados e municípios, além dos Ministérios Públicos que podem resultar na interdição cautelar dos lotes contaminados além de medidas mais drásticas. O acompanhamento inclui mercadorias de empresas associadas e não associadas à ABICAB.
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