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Educação
20/05/2006 - 15h00
Não tenha medo do especialista!
 
 

A infância é um período marcado por enorme desenvolvimento e, apesar de as diferenças individuais serem relevantes, existe uma constatação que deve ser lembrada quando pais, professores ou outros profissionais da escola percebem na criança um comportamento sugestivo de perturbações na aprendizagem: prevenir é melhor do que remediar.

Pode parecer lugar-comum, mas quem não prefere ir ao médico e fazer exames para saber que não está doente? Quem não leva preventivamente o filho ao dentista, ao oculista, ao ortopedista, se percebe um dente com problemas, uma dificuldade na visão ou um pisar diferenciado?

Os distúrbios de aprendizagem, por não aparecerem de um dia para o outro (a não ser em casos de lesões no sistema nervoso), acabam por passar despercebidos, mesmo aos pais mais atenciosos, que, no dia-a-dia, vão se acostumando com a maneira de ser do filho.

Ocorre que, assim como os problemas de saúde, as dificuldades de aprendizagem são denunciadas por sintomas que são comuns a vários transtornos e até a características particulares individuais ou familiares. Somente um olhar preparado e experiente é capaz de suspeitar que ali está o começo de um problema que vai comprometer o sucesso escolar, além do bem estar mental e emocional da criança.

Vejamos um exemplo: uma criança de sete ou oito anos, que ainda fala de modo infantilizado ou com erros excessivos de articulação ou de sintaxe; que não consegue aprender com facilidade seqüências (ex: os dias da semana ou do ano, tabuada, o alfabeto etc.); que também demonstra imaturidade no trato com outras crianças; que não memoriza como seus coleguinhas as canções, as rimas infantis; que se mostra “preguiçosa” para a leitura e escrita; que é desajeitada no uso do lápis; que apresenta fraco desenvolvimento da atenção e possui baixa auto-estima. Esta criança pode ser realmente uma pessoa com desenvolvimento mais lento, imatura para a idade, ou com dificuldades passageiras de uma fase conturbada por problemas emocionais ou doenças orgânicas. Mas, da mesma forma, pode demonstrar, por exemplo, ser disléxica.

Se no primeiro caso, a fase pode ser passageira com pouca ou nenhuma interferência profissional, no caso da confirmação do diagnóstico de dislexia, a intervenção de especialistas deve ser urgentemente providenciada, para evitar o aprofundamento dos problemas de aprendizagem, os comportamentos inadequados inerentes à baixa auto-estima, a evasão escolar, entre outras conseqüências graves.

Assim, o cuidadoso olhar dos profissionais da escola, que colaboram com a família na educação das crianças, deve ser sempre levado a sério, jamais encarado como um exagero, já que é melhor descartar uma suspeita infundada, do que ignorar um problema real. A infância é uma época em que o cérebro e o sistema nervoso estão em grande desenvolvimento e sua plasticidade é um aliado na intervenção e remediação dos transtornos do aprender, que podem comprometer todo o futuro acadêmico, profissional e social da criança.

O desenvolvimento das neurociências, das especializações, a abertura de maiores oportunidades de estudo, a divulgação globalizada, accessível e rápida têm trazido também aos profissionais da educação uma condição muito mais eficiente de detecção de comportamentos e sinais de que a aprendizagem ou o desenvolvimento infantil precisa de uma intervenção especializada nesta ou naquela área.

Encaminhar um aluno para a avaliação psicopedagógica, psicológica, fonoaudiológica etc., é tão importante e sério, quanto recomendar uma visita ao pediatra, ao oculista, ao oftalmologista. Assim como saber que o sintoma que se apresenta no comportamento da criança é um problema passageiro ou um distúrbio ainda na sua fase inicial, é o que todos nós desejamos constatar, como pais, professores e profissionais.

Afinal, como diz o ditado popular: prevenir é melhor do que remediar. Sempre é! A Associação Brasileira de Psicopedagogia, visando oferecer orientação aos pais e às escolas, mantém em seu site - www.abpp.com.br - uma relação de psicopedagogos reconhecidos pela entidade.


Nota do Editor: Maria Irene de Matos Maluf é pedagoga especialista em Educação Especial e Psicopedagoga, Presidente Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

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