Na década de 60, se bem me lembro, São Paulo teve o notável prefeito Brigadeiro Faria Lima. Seu destaque foi tanto que gerou a Fundação Prefeito Faria Lima - CEPAM - Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal e a Escola CEPAM de Gestão Municipal. Quem sabe um dia seja necessário que todos os candidatos às Prefeituras tenham pelo menos uma passagem por ela. Até a pouco tempo ainda víamos obras sendo executadas em São Paulo de projetos ainda elaborados pelo prefeito Faria Lima. E foi este o grande legado que deixou para esta cidade. A importância dos projetos no caso de nossa cidade é ainda maior, sem eles não temos como reivindicar aos órgãos competentes os recursos para sua viabilização. Urbanização, paisagismo, acessos aos pontos turísticos, praças de eventos, melhoria dos fluxos do trânsito de nosso corredor turístico (Do Portal à divisa com Paraty e não do Itaguá ao Perequê-Açú), iluminação e o principal: saneamento básico, são necessários para um município que tem tudo para ser o expoente máximo do setor neste país. Tais projetos justificados pela geração de emprego e renda das comunidades, devidamente quantificados, vão também de encontro com as políticas de desenvolvimento do turismo do Estado que hoje leva o slogan São Paulo é Tudo, onde a finalidade é além de manter aqui o turista, pois somos o maior emissor de turismo do Brasil, também atrairíamos os dos outros Estados e até de outros países. Poderíamos quantificar estes valores, comparando-os com os investimentos e demonstrando a viabilidade dos mesmos. Portanto justificativas técnicas e sociais bem estruturadas. Isso basta? Claro que não, precisamos encaminhar os projetos e nomear seus padrinhos políticos, pois sem eles sabemos que nada acontecerá. Então precisamos de políticos de peso e aí ouço de algumas pessoas: Que político se interessaria por Ubatuba? Afinal, nosso contingente de votos ainda é muito pequeno. Claro se olharmos apenas à nossa população fixa, mas se somarmos a ela nossa população flutuante, multiplicaríamos por cinco e com a vantagem de serem na sua grande maioria formadores de opinião. Quanto investiremos para se fazer isso? O que perderíamos se nada desse certo? Quanto ganharíamos se tudo corresse bem? É a equação dos Riscos Calculados, alguém já ouviu falar?
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