Aos trancos e barrancos
Luiz Moura |  |
Volta à tona o "Espaço de convivência e entretenimento - Feira hippie", nome da "obra" com altura aproximada de 14 metros, na orla da praia de Iperoig, entre o Cruzeiro e o rio Grande de Ubatuba. A fundação foi concluída de forma duvidosa e a “obra” se encontra embargada pela Justiça e pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo. Ouvi, à boca pequena, que a treta mencionada pelo arquiteto Renato Nunes, em "É crime sim, e vem de longe", vai colar. Dizem que só falta a aquiescência de um conselheiro do CONDEPHAAT, para que a "administração do desgaste" peça à Justiça o desembargo da "obra". Tenho minhas dúvidas, afinal, a permissão para a construção daquele trambolho irá grafar o nome dos "aprovadores" no rol dos indivíduos pusilânimes e, desse destaque todo mundo foge. Enquanto isto não acontece, cabe aos responsáveis pela destruição do calçadão, da ciclovia e da iluminação pública naquele trecho, providenciar a restauração necessária à tranqüilidade da grande quantidade de munícipes que transitam, principalmente no período noturno, pelo local. Reafirmo a função memória da seção "De olho em Ubatuba", mencionada ontem, cobrando dos administradores de plantão, mais uma vez, o retorno condizente aos impostos pagos pela população moradora do Centro. Posso afirmar que são escorchantes (os impostos), uma vez que não cumprem a função para qual foram criados. O Centro é o principal "bairro" do município, mas não tem o tratamento que merece. ... e já se passaram 365 + 144 dias. * Ontem, em explicações pessoais, na sessão da Câmara Municipal, o vereador Claudio Francisco Gulli, defensor ferrenho da “obra” (por motivos óbvios), afirmou que as pessoas contrárias à sua conclusão não querem o progresso de Ubatuba. Aproveitou para destratar o presidente da Associação em Defesa do Povo Caiçara e taxou-a como sendo uma associação sem representatividade por “ter apenas uns 140 associados”.
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