Entusiasmado em terminar como top 4 do Oakley Junior Challenge, em Ubatuba, Jefferson Silva sonha com vôos mais altos. Campeão brasileiro e mundial júnior disputou o título até o último dia
Entusiasmado em terminar como top 4 do Oakley Junior Challenge, em Ubatuba, o surfista da equipe Natural Art, Jefferson Silva, sonha com vôos mais altos. O campeão brasileiro e mundial júnior foi um dos grandes destaques do evento especial, que reuniu os melhores atletas com até 20 anos. Em sua estréia na disputa, terminou em quarto lugar, com 113,10 pontos, após os quatro dias de disputas, ficando a apenas 8,8 pontos do campeão, o potiguar Jadson André. A competição contou com um formato especial. As disputas aconteceram nas praias que apresentavam melhores condições de onda a cada dia, com palanque móvel, e os competidores surfavam em baterias de uma hora. "Foi um dos melhores campeonatos que já participei. Poder estar num lugar legal, com ótimos surfistas foi ótimo. O formato também foi ótimo, porque você pode escolher bem as ondas e ser capaz de desenvolver tudo o que sabe no mar", afirmou. Na competição, Jefferson chegou a ocupar a vice-liderança nos dois primeiros dias e só lamentou a falta de sorte no momento de sua bateria. "Nos três primeiros dias, estava surfando muito bem, conectado com o mar, mas no último dia caí logo na primeira bateria do dia, na Praia do Félix, na maré seca. As ondas fechavam muito rápido e não tive um bom desempenho como antes. Os outros atletas que disputavam o título caíram numa maré mais cheia e as ondas abriam mais", comentou o atleta patrocinado pela surfwear Natural Art. Para ele, terminar como top 4 foi muito bom: "Foi a primeira vez que fui convidado e consegui terminar na frente de vários atletas de ótimo nível. Pena não ter achado ondas tão boas no Félix". Atuando como profissional desde que garantiu o título mundial júnior no ISA Games da Califórnia, no ano passado, o competidor de Bertioga, orientado pelo técnico Thiago Ferrão, do Ibrasurf, tem planos ambiciosos para seu futuro. WCT - "Temos um planejamento de cinco anos para a minha entrada no WCT. Estou bem motivado para cumprir minhas metas e buscar títulos. Esse ano o meu foco é no Pro Júnior. Quero muito ir para a Austrália e poder representar mais uma vez o Brasil", destacou o competidor que também pretende se dedicar às viagens internacionais, visando a evolução de suas técnicas. O ponto alto deve ser a estréia nas ondas havaianas. "Pretendo fazer uma viagem agora em julho, talvez para a Costa Rica, e em agosto estou planejando disputar a perna européia do WQS e alguns eventos pro júnior. Em novembro vou para o Havaí. Acho que o meu surf vai gostar das condições por lá", contou o atleta, que também tem como prioridade a vaga para o Super Surf 2007. Vale destacar que a Natural Art, no mercado desde 1983, também conta com o surfista profissional Ricardo Ferreira, integrante do Super Surf. A marca, uma das mais tradicionais no Brasil, sempre investiu na modalidade. Foi responsável, por 10 anos, de um dos maiores campeonatos de base já realizados no País, o Circuito Paulista Amador. Também realizou duas etapas do WQS em Alagoas. Além dos campeonatos, patrocinou grandes nomes do surf. Entre os principais, destaque para Piu Pereira, que já esteve no WCT e foi pioneiro do Brasil no Circuito Mundial (ao lado de Fábio Gouveia e Teco Padaratz); Paulo Moura, que figura entre os melhores do Mundo no WCT; Joca Júnior, outro atleta que já integrou a elite mundial e tem títulos brasileiros profissional e master; Tânio Barreto, outro campeão brasileiro.
|