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SEÇÃO
Economia e Negócios
06/06/2006 - 14h23
Problemas financeiros acabam com o nosso dia
Cláudio Boriola
 

Em qualquer cidade, de qualquer Estado do nosso país, amanhece mais um dia. Ensolarado, promete ser uma ótima oportunidade para se acordar bem, trabalhar de bom humor ou então ficar em casa cuidando dos filhos até a noite cair e todos voltarem para a cama, terem uma ótima noite de sono e ficarem bem dispostos para enfrentar o dia seguinte.

Muitos motivos podem acabar com um dia quase perfeito, como esse idealizado. Entre eles, a lembrança de um cheque emitido e a incerteza de que o saldo na conta será suficiente para cobri-lo. Ou então notar que a conta já está no vermelho, quase ultrapassando o limite, e que os juros que serão cobrados depois serão mais altos do que o imaginado. Dívidas também acabam com o dia de qualquer um. Inclusive, atualmente está cada vez mais difícil achar alguém que possa dizer de boca cheia: "não devo nada para ninguém!". Dívidas se alastram como ervas daninhas, estragando o dia e tirando o sono de muita gente. Daí para uma crise de estresse é um pulo!

O estresse é uma doença que pode atingir desde crianças até idosos, mas tem como uma das maiores causas os problemas financeiros. Numa crise de estresse, o corpo desencadeia uma série de reações químicas que liberam hormônios, principalmente a adrenalina, que causa um "estado de alerta" no organismo e provoca taquicardia e suor frio. A qualidade de vida de um estressado cai rapidamente, dificultado seu relacionamento pessoal e seu desempenho no trabalho. Estatísticas mostram que as faltas e atrasos de funcionários desestimulados e estressados dão mais prejuízo a uma empresa do que uma eventual greve. Uma crise de estresse não identificada, e conseqüentemente mal tratada, pode levar à situação extrema do suicídio, que vem quando a desesperança e os problemas dominam a imaginação e deixam o doente de mãos atadas, completamente sem ação e sem raciocínio. Com essa reação em cadeia, o doente perde toda a capacidade de tentar contornar a situação, e caso não haja uma estrutura familiar muito sólida, o pior pode acontecer.

Durante uma crise de estresse, o devedor se encontra no ápice da sua fragilidade. E é aí que os oportunistas agem. Agiotas prometem acabar com todas as dívidas. Realmente acabam, mas criam outras que crescem vertiginosamente e parece não ter fim. Charlatões de todos os tipos se aproveitam do momento com "oportunidades imperdíveis" e acabam afundando ainda mais a pessoa em dívidas que, no mínimo, duplicam o valor da dívida inicial. É bom tomar cuidado também com esses e-mails que circulam pela rede prometendo dinheiro fácil, com ganhos enriquecedores. Pode até haver um ou outro que seja verdadeiro, mas não é nada seguro arriscar.

Por todos esses motivos, é muito importante buscar ajuda. Para resolver o problema do estresse, busque o apoio de um profissional. É muito importante não utilizar qualquer tipo de medicação tranqüilizante sem a solicitação de um médico. Para os problemas financeiros é preciso fazer toda a reestruturação econômica (renda mensal, gastos fixos etc.), verificar o valor total das dívidas e relacioná-las por ordem de importância. Com todas essas informações em mãos, é preciso partir para a negociação com os credores, listando prazos e valores fixos para os pagamentos.

O estresse e a depressão não são doenças exclusivas de quem não tem dinheiro. Muitas pessoas consideradas ricas também sofrem desses males por levarem uma vida atribulada. O segredo é manter uma vida regrada, freqüentando ambientes saudáveis e não se deixando levar pela correria do dia-a-dia. Durante o exercício de sua função talvez seja necessário impor um ritmo mais apressado, mas nas horas de folga procure fugir dessa rotina e pratique atividades recreativas. A sua saúde, sua mente e seu bolso agradecem.


Nota do Editor: Cláudio Boriola é Consultor Financeiro, Conferencista, Especialista em Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Autor do livro Paz, Saúde e Crédito - Editora Mundial e do Projeto para inclusão da disciplina "Educação Financeira nas Escolas".

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