O que fazer com atrasos nas entregas ou cancelamentos de compras feitas pela Internet? Movimento Internet Segura ensina procedimentos para validar ofertas pela internet
O comércio eletrônico cresceu 311% nos últimos cinco anos, alcançando a marca de R$ 2,5 bilhões em 2005. Para este ano a expectativa do Comitê de Varejo On-line da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) é de chegar a pelo menos R$ 3,9 bilhões. Isto significará uma movimentação financeira 64% superior à do ano passado. Este crescimento exponencial e positivo tem atraído, infelizmente, a atenção de malfeitores com o objetivo de enganar os compradores do mundo on-line. Contudo, uma série de dicas simples podem ajudar o internauta a não passar por problemas em sua experiência virtual de consumo. São estas as dicas de proteção: - Prefira lojas tradicionais e bastante conhecidas do mercado. Certamente elas têm muito a perder em caso de qualquer problema na experiência de venda. - Mesmo em relação a estas lojas conhecidas, tome muito cuidado com as ofertas encaminhadas por e-mail. Mais de 90% das fraudes se iniciam através de um e-mail enganador. Se a oferta for muito vantajosa, procure se informar por canais paralelos de sua veracidade, antes de clicar em qualquer link do e-mail. As boas práticas do segmento varejista on-line determinam a divulgação no próprio site de outras formas de contato, como o atendimento telefônico. (vá até a url do site diretamente. Não use o link a partir de e-mail). - Se a oferta for assim confirmada, então sim, use o e-mail para se aproveitar do desconto. - Guarde evidências de todos os contatos da transação comercial. Gastão Mattos, consultor do Movimento Internet Segura (MIS), afirma que devido à compra pela Internet ainda ser um hábito relativamente novo, os consumidores tendem a ficar mais preocupados quando ocorrem atrasos ou outros desvios de conduta no processo da entrega da mercadoria . "Para que as pessoas se sintam mais seguras e saibam exatamente o que fazer com este tipo de ocorrência, o Movimento Internet Segura tem um conjunto de orientações básicas que se aplicadas evitam maiores aborrecimentos" diz. Segundo ele, as orientações são as seguintes : 1) Organize todas as evidências sobre a compra na loja, bem como as comunicações por e-mail efetuadas; 2) Caso tenha registro, faça um breve relato por escrito do ocorrido, com datas de tentativa de comunicação com a loja por telefone (caso tenha evidências, como conta de telefone, também ajuda); 3) Caso a própria loja não resolva o problema, a opção é denunciar aos órgãos públicos de defesa do consumidor, como o Procon; 4) O próximo passo seria abrir uma queixa criminal na polícia federal, ou estadual; 5) Outra providência bastante útil é a denúncia do comportamento indevido da loja a órgãos de comunicação de sua cidade (jornais, por exemplo). Quase todos os grandes jornais apresentam sessão de cartas para a defesa dos interesses dos leitores; 6) Opcionalmente, é possível fazer chegar aos responsáveis da loja a informação de que o comprador insatisfeito estará tomando estas providências. Em boa parte dos casos esta medida incentiva à solução rápida do problema, se não se tratar de uma loja fraudulenta e apenas com problemas de prestação de serviços. Sobre o Movimento Internet Segura O Movimento Internet Segura (MIS) foi criado em setembro de 2004 sob a coordenação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net). A preocupação principal do MIS tem sido a de atuar na educação do usuário de Internet no sentido de evitar que as pessoas façam transações na rede de forma insegura caindo em golpes, ou que simplesmente deixem de fazer compras na rede acreditando que essa é uma prática insegura. A iniciativa conta com a participação direta das empresas American Express, Banco do Brasil, E-Consulting, McAfee, Microsoft, Redecard, Serasa, Symantec, Visanet, Lojas Pernambucanas, Sack’’s, Auto Z (portal do grupo DPaschoal), Rede de Bem Estar Social(*), Philips, Brasil Telecom e das lojas eletrônicas Americanas.com, Comprafacil.com.br, Extra.com.br, LivrariaCultura.com.br, LivrariaSaraiva.com.br, MagazineLuiza.com.br, Marisa.com.br, Shoptime.com.br, Siciliano.com.br, SomLivre.com, Submarino.com.br e TokStok.com, que participam do projeto Liquidaweb. No endereço www.internetsegura.org, o internauta recebe informações didáticas sobre segurança e integridade na navegação pela Internet. (*) A Rede de Bem Estar Social é uma entidade ligada ao Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP).
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