Roda o tempo Sopra o vento Contra ou a favor Correm horas A passos lentos Voz alta canto Em teu louvor Que me sobre ao menos Alguns minutos Para um sonho e tanto Cheio de amor Meu peito inflama De vontade insana De correr pra onde Meu outro for Doida dor Doída dor A de amor O rodar do tempo O soprar do vento Ora contra Ora a favor Loucos ponteiros Indicando o tempo Que há de seguir Se parar não for E na hora inteira Ouço dobrões De outros tempos Outros verões Roda o tempo Sopra o vento A areia em mim Doida dor Doída dor Que vem com o tempo E fica em mim!
Nota do Editor: Gilberto Gonçalves é jornalista e diretor da Comunicativa Assessoria e Consultoria Jornalística, em Campinas/SP. Nascido em Santos/SP, em 1951, cresceu lendo J. G. de Araújo Jorge conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático. É desta escola que, por vezes, Gilberto lembra o que aprendeu e expressa seu jeito de ser.
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