13/09/2025  07h01
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Economia e Negócios
08/07/2006 - 14h00
Estagiários da terceira/melhor idade
Sylvia Romano
 

Com o aumento da expectativa de vida dos homens para mais de 80 e das mulheres para 90 anos, como fica a vida destas pessoas que provavelmente se aposentaram ao redor dos 55 anos?

Com certeza a aposentadoria oficial do INSS não permitirá um padrão de vida, no mínimo, digno. Exemplos recentes de aposentadoria complementar - como o AERUS, fundo de pensão da Varig - estão ai para desencorajar quem pretendia passar o último período da vida mais tranqüilo.

A volta ao mercado de trabalho formal dos que já se aposentaram fica cada vez mais difícil perante a concorrência do mais jovem, que se sujeita a um salário menor e que, na maioria das vezes, está mais atualizado em termos de formação acadêmica e tecnologia, tendo ainda como fortes aliados sua juventude, disposição, garra, inovação, entre outros predicados.

Sabemos que na relação capital X trabalho, os impostos e as obrigações trabalhistas são um grande peso, tanto para o empregador, como para o empregado. Um ponto positivo para o colaborador com idade mais avançada é que as suas necessidades e interesses neste período da vida são bem menores, o que lhes permite aceitar um salário mais condizente para o empregador em tempos de crise, uma realidade permanente nos dias de hoje.

O profissional de mais idade tem também a seu favor uma experiência de vida muito maior, uma estabilidade emocional e, principalmente, suas inseguranças estão mais bem resolvidas. Seus filhos, por exemplo, já estão criados e cuidando de suas vidas, a competição profissional perdeu-se no passado, mas a realização pessoal de sentir-se útil e produtivo, juntamente com a questão econômica, é sem dúvida o foco principal do momento.

Por que essas duas gerações em vez de concorrentes não se tornam cooperadores mútuos, combinando inovação com experiência? O que impede o aposentado com tantos atributos se encaixar no mercado de trabalho?

Sem dúvida, a ausência de conscientização do empresariado sobre esta força de trabalho disponível é um dos fatores. Por outro lado, o comodismo e o despreparo desse mesmo profissional para o período pós-aposentadoria acabam reduzindo as já ínfimas oportunidades existentes. De fato, se o aposentado deseja voltar ao mercado, é imprescindível que ele busque permanentemente uma atualização frente às novas ferramentas de trabalho.

Outra providência necessária é a flexibilização das leis no que diz respeito à relação capital X trabalho para colaboradores pós-aposentados. A redução de impostos e da jornada de trabalho e a criação, inclusive, de incentivos aos empregadores que se utilizam destes funcionários poderiam ajudar a reverter o atual quadro de aposentados desempregados.

Não sugiro um regime de "cotas" para idosos, mas um sistema diferenciado, no molde dos estágios, destinado à terceira/melhor idade.


Nota do Editor: Sylvia Romano é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "ECONOMIA E NEGÓCIOS"Índice das publicações sobre "ECONOMIA E NEGÓCIOS"
30/12/2022 - 05h36 Para crescer é preciso investir
27/12/2022 - 07h35 Crise e escuridão
20/12/2022 - 06h18 A inovação que o Brasil precisa
11/12/2022 - 05h50 Como funciona o treinamento de franqueados?
06/12/2022 - 05h49 Aplicações financeiras
05/12/2022 - 05h54 Cresce procura por veículos elétricos no Brasil
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.