Seca braba no sertão Os macacos seguiam os passos do Capitão Seca braba no sertão Os macacos reviviam os tempos de caça a Lampião Seca braba no sertão Os danados cercaram os povoados Os danados traziam o fogo o enxofre a fúria demoníaca que derrubou os arruados de Canudos No rasto dos sonhos encontraram Lamarca descansando sob uma árvore Era uma seca braba Um sol de secar a alma No descampado do sertão uma árvore preservou-se verde para oferecer a amena sombra Era uma seca braba Um homem contra um exército de cabras cegos de ódio e sangue Um homem na vastidão do sonho Um homem e uma árvore Uma árvore como escudo e sombra Nota do Editor:Talis Andrade é jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do "Diário da Noite", "Jornal do Comércio" (Recife), "Jornal da Semana" (Recife) e "A República" (Natal). Tem 5 livros publicados e outros seis à espera de edição.
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