Tudo rápido, imediato e prático. Logo nos conectamos e quase que instantaneamente estamos em vários lugares: na biblioteca, na casa do amigo, no banco, na loja ou em qualquer outro lugar que interessar. Segundo a orientadora educacional do Colégio Farroupilha de Porto Alegre, Marilinda Jaques da Silva, a tecnologia trouxe aos pais muitas dúvidas. "O fácil acesso a tantas informações e as pessoas que num clic invadem sua casa trazem consigo modelos anônimos perdidos num espaço cibernético permissivo e descomprometido que desnorteiam pais e educadores", alerta a especialista. A permissividade existente neste meio confronta-se com os padrões éticos vigentes na família, explica. E agora? O que fazer? Receitas não existem, mas algumas idéias sim. "É inevitável deixar de falar da repetida e quase desgastada palavrinha ’limites’. É mais fácil permitir. O difícil é pedir ao filho que desligue o computador, propor horários, controlar os seus contatos no Orkut, MSN bem como saber quais sites são visitados por ele sem discussões e bate-bocas", conta Marilinda. A alternativa, segundo ela, ainda é o diálogo, com combinações claras e firmes. Esclarecer pontos de vista e, principalmente, ouvir o que o nosso jovem tem a dizer ainda é o melhor caminho. Esse exercício diário possibilita o cultivo de valores que nos são caros e o desenvolvimento da autonomia, a qual permite ao jovem a analise da realidade que o cerca. "A escola, parceira inseparável da família, deve ser um ambiente que promova a reflexão e proponha questionamentos deste e de muitos outros temas de grande interesse dos alunos e de seus pais", finaliza.
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