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Economia e Negócios
19/07/2006 - 11h12
Maioria dos empreendedores informais são mulheres
Alessandro Soares - ASN
 
Pesquisa do Sebrae revela que micro e pequenas empresas informais ganham em média cerca de R$ 1 mil por mês, enquanto as formais recebem R$ 3,6 mil
 
Vinícius Fonseca 
  Mulheres somam 60% dos informais.

Para engrossar a velha discussão sobre a diferença entre homens e mulheres, há um dado novo que acaba de ser descoberto. No perfil do empreendedorismo brasileiro, a informalidade é dominada por pessoas do sexo feminino, enquanto no universo formal acontece o oposto, em que predominam os homens. É o que mostra a pesquisa sobre a Avaliação da Imagem do Sebrae, realizada pelo Instituto Vox Populi, sob encomenda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O estudo revela que 60% dos empreendedores informais são mulheres, contra 40% que são homens. Mas o perfil da informalidade mostra uma dura realidade para ambos os sexos. O índice de escolaridade é muito baixo, pois 65% dos informais têm até o ensino fundamental e apenas 22% fizeram curso técnico. Ensino superior neste caso parece luxo (4%). Na convivência do lar, a maioria dos trabalhadores informais é casada (64%), com família composta em média por quatro pessoas e renda mensal familiar de R$ 1.042,00. A idade gira em torno de 42 anos.

Quanto ao ramo de atividade, a maior parte dos empreendimentos informais está em comércio e reparação (34%), seguido pelo setor de indústria da transformação (26%) e construção (12%). Outra característica relevante é o pouquíssimo valor investido. Para abrir negócios informais foi necessário investir em média R$ 2.321,00 e o faturamento anual hoje em dia é de R$ 7.737,00. Quase metade destes negócios existentes atualmente foi aberta a partir de 2000 (48%), contra 32% que começaram entre 1990 e 1999.

E a solidão está muito presente no mercado informal porque quase todos os informais não têm sócios (85%) nem contratam funcionários (78%). Apenas 22% geram até dois empregos. E nem daria para ser diferente, já que o espaço de trabalho é peculiar. Os informais atuam principalmente em casa (56%) e muitos não têm sequer lugar fixo para trabalhar (33%).

Homens predominam na formalidade

A pesquisa descobriu também que, ao contrário da informalidade, o perfil do mercado formal é dominado pelos homens (58%), contra 42% das mulheres. E como era de se esperar, a vida profissional de que tem empresas formais é melhor para homens e mulheres, sob vários aspectos. Primeiro porque metade deles estudou até o ensino médio, enquanto 44% concluíram curso técnico, além de ser significativo os que apresentam nível superior (34%).

Com idade média de 37 anos, a maioria de quem trabalha na formalidade é casada (60%), com média de três pessoas por família e renda de R$ 3.607,00. O valor médio de investimento em negócios formais é de R$ 71.788,00 e o faturamento anual chega a R$ 422.632,00. Outro traço marcante é presença de um sócio ou mais (60%), contra 35% que empreendem sozinhos. Quanto à data de criação das empresas, 28% dos formais começaram a empreender em 2000 e 32% iniciaram entre 1990 e 1999.

Metodologia

A coleta de dados da pesquisa foi realizada entre março a maio de 2006. A amostra é composta por 7.529 entrevistados, sendo 4.943 empreendedores formais e 2.586 informais, de todos os estados brasileiros. A fonte é a Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2005). O universo global no Brasil é de 15.765.710 de empreendedores formais e informais. A margem de erro é de 1.4%, para o levantamento de empresas formais, e de 1,9% para empreendedores informais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.

De acordo com o diretor da Vox Populi, João Francisco Meira, esta pesquisa tem o mérito de descrever o perfil do empreendedorismo de forma muito abrangente. "Além de dados panorâmicos, este estudo também apresenta tópicos bastante específicos, expondo as demandas e os problemas do setor. Ou seja, todos que trabalham com este público ou querem conhecê-lo devem ler esta pesquisa. Também vale destacar o quanto o Sebrae é bem avaliado por seus clientes".

Imagem do Sebrae

O estudo também avaliou a opinião dos empreendedores com relação à imagem que eles têm do Sebrae. Dos entrevistados, 17% tiveram algum contato com o Sebrae, seja pessoalmente nos balcões, por telefone ou por e-mail. E deste grupo, 11% avaliaram que o Sebrae contribuiu para a tomada de decisões e 10% se mostraram fiéis, isto é, retornaram à entidade para obter novas informações.

Os entrevistados também avaliaram a imagem do Sebrae numa escala de 0 a 10 e a pontuação final ficou em 8.2. Utilizando a mesma escala, a qualidade geral dos serviços da entidade teve nota 8.1. Mas para a coordenadora da pesquisa e consultora do Sebrae, Magaly de Albuquerque, o que mais se considera quanto à opinião do entrevistados é uma terceira nota, extraída a partir da avaliação dos atributos de imagem. E a nota foi 7.8.

Para chegar a esta pontuação, foi feita uma média a partir da média de cada um dos 10 atributos do Sebrae, avaliados pelos entrevistados. São eles: credibilidade, qualidade nas relações interpessoais, liderança no mercado, qualidade no atendimento ao cliente, suporte técnico, eficácia dos conteúdos oferecidos, comunicação, oferta de produtos, preços e facilidade de acesso. "Sabemos que na avaliação de uma imagem sempre existe um lado muito subjetivo nas pesquisas. E o índice de atributos de imagem tira esta subjetividade", afirma Magaly.

Como ouviram falar do Sebrae

A pesquisa mostra ainda que 54% dos formais e 67% dos informais conheceram o Sebrae por meio de propagandas ou programas de TV, sendo que 47% e 40%, respectivamente, citaram o programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios (da Rede Globo) como fonte de divulgação da Instituição.

Entre os pontos positivos que os clientes pesquisados citaram, estão o apoio ou orientação às micro e pequenas empresas, com 26% (formais) e 23% (informais) das assinalações; os cursos, treinamentos e a formação do profissional, que teve 14% (formais) e 21% (informais) de indicação; assessoria às micro e pequenas empresas (2% e 6%, respectivamente); eventos, palestras e feiras, citados por 1% e 3%; e o atendimento, com 6% e 2%, entre formais e informais.

Com relação aos pontos negativos, destacaram-se a falta de pontos de atendimento, com 3% (formais) e 2% (informais) de indicação; o excesso de burocracia (4% e 3%); e altas taxas cobradas pelos serviços (2% e 1%).

Segundo o gerente de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional, Gustavo Morelli, esta é a primeira de uma série de pesquisas que revelam o retrato da atuação do Sebrae. "Temos agora uma poderosa que nos ajudará a ajustar, melhorar e evoluir ações e projetos, a partir das demandas da sociedade e das empresas", afirma.

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