Luiz Moura

Acompanhar o nascer do sol na praia de Iperoig e ao mesmo tempo ver vários golfinhos cercar um cardume que desesperadamente tenta escapar pulando ao longo da arrebentação, faz com que o incauto se esqueça dos buracos que, a cada dia que passa, aumentam em tamanho e número no piso de mosaico português do calçadão da avenida 9 de Julho. Ele fica entorpecido diante da natureza exuberante que privilegia o município, fazendo vista grossa aos problemas e à falta de infra-estrutura com os quais depara cotidianamente. Seqüentes "administrações" se beneficiam disso para postergar soluções.

Outro dia, durante uma sessão da Câmara Municipal, um vereador disse que as obras executadas na avenida 9 de Julho não tiveram aval positivo de um órgão fiscalizador (não escutei qual). Complementou que o trabalho executado foi de péssima qualidade e, desde sua conclusão, submete os usuários daquele espaço público a agruras diárias.

Não seria o caso de divulgarem o nome da empresa (ir)responsável e exigirem reparação? O que? Ela continua sendo contratada para a execução de obras no município?

Por que não gostam quando algum inconformado diz: "- Aí tem!"?

Onde está a verdade na frase "uso do dinheiro público com responsabilidade" usada pela “administração do desgaste” em suas placas de propaganda?