Em fevereiro de 2006, o Presidente da República anunciou medidas de incentivo à construção civil, com redução de carga tributária e um orçamento recorde de R$ 18,7 bilhões para a habitação.

No segundo semestre de 2006, espera-se assistir uma oferta de imóveis maior que a demanda, principalmente em empreendimentos de alto padrão e, conseqüentemente, o aparecimento de ótimas oportunidades de negócios. Mas as classes menos favorecidas também têm boas novidades: o consórcio e o financiamento.

Lançamento do Consórcio para Construção e Reforma de Imóveis pelo Sincomavi é ideal para quem deseja construir ou reformar seu imóvel, mas não dispõe de muitos recursos para isto. Os interessados poderão se candidatar a cartas de crédito de R$ 5 mil a R$ 30 mil, com planos de pagamento de 12 até 60 meses. A taxa de administração varia de 11% a 20% ao mês. O consorciado pode ser contemplado por sorteio ou por lance, que vai de 2% a 10% do valor do bem, podendo utilizar ainda os recursos do FGTS, respeitando as normas da Caixa Econômica Federal.

O financiamento, por sua vez, pode ser obtido em instituições públicas e privadas. A redução de juros nos primeiros três anos de financiamento imobiliário, facilidades para comprovar a renda e o interesse do mercado são alguns dos aspectos que fazem com que o crédito esteja mais acessível hoje. Os juros são de 6% a 19% ao ano, de acordo com a renda e o banco. Os prazos variam de 15 a 20 anos e a renda mínima exigida é de R$ 400.

Destaque para a linha BB Material de Construção lançada no final de 2003. O financiamento é destinado a quem pretende construir ou reformar imóveis urbanos e facilita a compra de material e armários. A oferta máxima é de R$ 20 mil por cliente para pagamento em 24 meses, com uma atrativa taxa de juros de 1,9% ao mês.

Os brasileiros que vivem no exterior, responsáveis pelo envio de US$ 6,4 bilhões ao Brasil em 2005, também estão ajudando a construção civil. Os principais mercados de trabalho dos emigrantes brasileiros são os EUA e Japão. Dos 2,5 milhões que vivem no exterior, mais de 1,3 milhões de brasileiros enviam regularmente dinheiro para suas famílias e 7% optam pela compra de imóveis. Os orientais preferem apartamentos de 2 dormitórios na região do bairro da Liberdade, na cidade de São Paulo (SP), cujo custo gira em torno de R$ 200 mil.

Nota do Editor: Marcos Crivelaro é cientista e professor PhD de Administração de Materiais, Administração da Produção e Planejamento. Leciona na FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista e na Faculdade Módulo no segmento de Matemática e Informática e atua em treinamentos "in company" e consultoria na área Administrativa e Financeira.