Essa pergunta já está atormentando os cidadãos mais conscientes. Listas e mais listas “negras” correm pela Internet, com nomes suspeitos de envolvimento em vários escândalos no Congresso. Mas onde achamos uma lista “branca”? Pensando na resposta, a ONG Politicus está projetando uma forma de fazer essa avaliação. Com a tradição de 6 anos de ser uma linha direta entre a população e os governantes, estão enviando questionários para todos os candidatos a deputado federal e senadores para tentar avaliá-los. Uma grande preocupação é fazer isso de uma forma isenta. A solução encontrada foi desenvolver 6 perguntas básicas sobre temas atuais, pegar as respostas dos candidatos, publicá-las no site da ONG e convidar todos os participantes para avaliá-las, de uma forma controlada e sem identificar o autor. Como fazer isso? O participante não saberá qual candidato escreveu a resposta e nem seu partido. Vai avaliar “às cegas”. Dará uma nota para resposta conforme suas convicções. Com isso, fazendo a tabulação da avaliação, se formará um “ranking” de acordo com as idéias da população, ou seja, os participantes avaliarão as respostas, como uma pré-classificação antes da votação. Com esse referencial, não importa qual é o partido ou tendência política, mas sim as idéias que esse candidato tem. Os melhores avaliados serão apresentados num “ranking” como numa “Lista Branca”. Entretanto, os diretores da ONG estão tendo uma grande dificuldade: entrar em contato com os candidatos. A grande maioria dos e-mails dos sites oficiais dos partidos não funciona, retornam com erros, afirma Ailton Silva, diretora da ONG Politicus. “Alguns assessores nos retornam e fornecem telefones para entrarmos em contato. Mas temos a tradição de só utilizar o meio ‘Internet’ como forma de comunicação, pois o cidadão comum não iria telefonar para Brasília, por exemplo”, completa Silva. “Explicamos a situação e aos poucos estamos conseguindo os contatos”. Apesar da absoluta falta de recursos financeiros e humanos, a ONG acredita que conseguirá realizar esse trabalho. Hamilton T. da Silva, presidente da ONG esclarece que tentaram sensibilizar empresas para fazerem doações à ONG, já que a mesma foi classificada como OSCIP, ou seja, a verba doada por podem ser abatidas no IR das empresas, mas não houve sensibilidade pela parte empresarial. Aliás, foi a primeira OSCIP reconhecida pelo Ministério da Justiça na finalidade Cidadania, complementa Hamilton. Mesmo assim, eles garantem que os esforços serão recompensados quando o primeiro ranking for apresentado.
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