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SEÇÃO
Economia e Negócios
30/07/2006 - 19h03
Os bancos querem o seu dinheiro...
 
 

A festa já começou faz tempo. O problema é que não fomos convidados para a celebração.

Os bancos fazem e desfazem, mandam e desmandam em nosso país, tomam atitudes que prejudicam o bolso dos seus clientes... E nada acontece. São instituições poderosas, que criam situações em que nem o Governo Federal ousa intervir. O grande problema é que muitas dessas situações parecem ser cheias de boas intenções.

A nova mania dos bancos é oferecer o adiantamento do décimo terceiro salário do trabalhador. A publicidade cuida de colocar cores alegres e frases chamativas, do tipo “receba o seu décimo terceiro agora!”. O banco valoriza o lado positivo da oferta e, com isso, o cliente se endivida ainda mais, em razão dos juros.

Cláudio Boriola, fundador e presidente da Boriola Consultoria, empresa que todos os dias ajuda seus clientes a renegociarem e liquidarem suas dívidas, avalia: “Os juros aparecem no cheque especial, nas compras parceladas (mesmo naquelas que são anunciadas como ‘sem juros’), e a população fica cada vez mais endividada! Chega a ser uma atitude audaciosa dos bancos oferecer esse tipo de serviço”.

Os bancos oferecem esse serviço com juros que variam de 2,5% a 4% ao mês, considerados baixos em relação a outras operações. Mas o problema é comprometer uma renda tão importante quanto o décimo terceiro salário, tão esperado para pagar as contas do final de ano e ajudar nas primeiras do ano seguinte. “Talvez o Banco Central e o Governo Federal não devessem dar tanto espaço para os bancos trabalharem dessa forma. Dá a impressão de que todos querem ver o povo brasileiro endividado para sempre”, reclama Boriola.

Em raras situações o adiantamento do décimo terceiro é válido. Boriola diz que “Caso você tenha uma dívida cujos juros sejam abusivos, bem maiores que os cobrados nessa operação, até vale a pena se arriscar e passar a pagar juros menores da data da contratação em diante”. Para se ter uma idéia, o valor médio dos juros cobrados pelas financeiras é de 11% ao mês. O problema é que a dívida continua lá, dando dor de cabeça. Lembre-se de que você pode sempre negociar um bom desconto no pagamento de uma dívida à vista ou pleitear na Justiça os seus direitos e combater os abusos da cobrança de juros sobre juros.

Com esses artifícios, as instituições bancárias acabam sendo peça fundamental na realidade financeira de seus clientes, o que não deveria ocorrer. Os bancos deveriam nos ajudar a poupar dinheiro e ser um porto seguro na hora de guardar economias. Por causa da liberdade que é dada a essas instituições, elas acabam ditando o futuro de muita gente. É um jogo que até tem regras, mas elas não estão do lado do consumidor/cliente.

“Qual será o próximo passo, a próxima idéia? Os bancos já ‘nos ajudam’ adiantando o nosso décimo terceiro salário, a nossa restituição do Imposto de Renda, alguns adiantam até as férias”, observa Boriola.

O importante é saber que um consumidor bem informado nunca é enganado. Então, procure ler e pesquisar muito sobre qualquer operação financeira antes de fazê-la, principalmente se envolver dívidas, juros e, principalmente, o seu bolso. Afinal, você é o maior interessado.

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