Marketing Político hoje é uma palavra "Bandida". Faz parte da nossa linguagem profissional no dia-a-dia e ninguém se priva de usá-la. Mas qual seu sentido exato? Quais são sua essência, seu território, seus acidentes geográficos? Quais os grandes debates teóricos que sacodem o corpo doutrinário acumulado ao longo das últimas campanhas eleitorais? Foi Peter Drucker quem, no best seller Prática da Administração de Empresas (ed. Pioneira), lançado mais de 40 anos atrás, elevou o marketing a uma posição de importância suprema, desenvolvendo uma retórica fascinante que resultou na articulação inovadora e dramática do que hoje é conhecido como "orientação pelo marketing" - isto é, considerar a atividade a partir da postura do cliente e posicioná-lo no centro dos esforços de uma empresa. Com isso, Drucker deu origem ao conceito do marketing moderno, abrindo caminho para as sucessivas gerações de praticantes, consultores e pesquisadores acadêmicos, inclusive profissionais de marketing político. No entanto, o que conseguiram fazer os grandes nomes do marketing político brasileiro? Fizeram muito, pois em poucas campanhas deram origem a um termo que significa bandidagem, roubo, extorsão, lavagem de dinheiro. Que são excelentes profissionais ninguém questiona, porém esqueceram os fundamentos e pensaram em si mesmo, hoje assistimos as campanhas com profissionais que deveriam ter orgulho de uma profissão, porém se apresentam na coxia do espetáculo atrás do circo do marketing eleitoral. Nota do Editor: André Guimarães é especialista em Marketing Social e Político. Proprietário da Agência de Notícias Conteúdo Social.
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