Perto de conseguir o maior feito de toda a história do Super Surf, Andréa Lopes se prepara para as etapas finais
| Arquivo Pessoal |  | | | Andréa Lopes. |
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Tricampeã do Circuito que reúne a elite nacional do surf, a carioca Andréa Lopes está bem próxima de mais um título. Se vencer este ano, será a única atleta, tanto na categoria feminina como na masculina, a conquistar o tetracampeonato. Experiente, a surfista usará a tranqüilidade e atenção como armas para vitória. "O importante é estar calma, focada na bateria e usar o equipamento certo", enfatiza. A atleta que tem contrato vitalício com a empresa que fabrica blocos de poliuretano Rhyno Foam, não tem do que reclamar quando o assunto é prancha de surf. A empresa virou líder no mercado brasileiro e também está bem posicionada nos EUA. A top do Super Surf ainda tem como shaper o requisitado Cláudio Henneck. "Ele usa os blocos da Rhyno nas minhas pranchas, pois são os melhores", ratifica. Para se manter no rip, a atleta pratica musculação três vezes por semana, faz isometria, yôga, natação, alongamento e muito surf. "Só faço algo diferente quando tenho um intervalo longo entre as competições", explica. A próxima etapa do Super Surf será entre os dias 6 e 10 de setembro, na praia do Itacarezinho, na Bahia. A última disputa está prevista entre os dias 10 e 15 de outubro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A praia da Barra já foi palco de uma etapa do WCT, competição entre a elite mundial. Convidada para participar do evento, a profissional surpreendeu ao vencer, e pode ser na mesma praia que comemorará o tetra. Para a carioca, disputar o título em casa não significa vantagem. "É estranho, mas parece que aumenta a expectativa e isso atrapalha", justifica. A atleta revela que tenta não pensar no recorde e não tem pressa com relação ao resultado. "Vou buscar esse título de qualquer jeito, seja neste ano ou nos próximos", almeja. Dedicada, a surfista que começou a praticar a modalidade em 87, conquistou o primeiro brasileiro amador no ano seguinte. Hoje, com um currículo invejável na arte de dropar as ondas, ela serve de espelho para jovens surfistas. Longe das águas - Disputando o seu primeiro circuito mundial com 17 anos, ela percebeu que precisava aprender a competir. Os anos seguintes provaram seu amadurecimento profissional. A atleta chegou a entrar para as Top 16 e levava uma vida cada vez mais regrada. Muito exigente, ela entrou em um ritmo rigoroso de treino. Com horário até para comer, ela adquiriu uma anorexia e uma crise estomacal. "Minha auto-cobrança me esmagou", relembra. Por conta da doença, Andréa chegou aos 38 kg e foi obrigada a ficar um ano e meio longe das competições. A fase de recuperação da profissional não foi focada nos circuitos mundiais, e sim nos seus valores pessoais. Com uma rotina diferente, a atleta saia, namorava e surfava sem pressão. Isso fez com que seu peso voltasse ao normal. Com 60 Kg e de volta às competições, Andréa papou de cara o campeonato Paulista e mais um Brasileiro Amador, provando que quem é rainha, nunca perde a majestade. Essa recuperação aconteceu em 99, mesmo ano que conquistou o WCT. Andréa percebeu que não precisava ser tão metódica. Ganhou o campeonato mais importante da sua carreira e não estava com os hábitos rígidos que seguia quando ingressou no Circuito Mundial. Do mar para a telona - De stand by para a filmagem do Surf Adventure 2, a profissional também está pondo em prática um projeto antigo. O filme que contará a sua vida está em processo de aprovação da Lei de Áudio Visual. "Tenho filmado alguns dias para ir definindo o roteiro", relata. A tricampeã pretende ir ao Tahiti no ano que vem para continuar as gravações. Atualmente, Andréa Lopes é patrocinada pela Rhyno Foam, Miss Sirena, LuiLui, BumBum Bikinis, Central Surf e apoio da Pro-Lite e Spoletto.
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