Números traçam o perfil do consumidor, freqüência em shopping, comportamento de consumo e grau de satisfação.
O último dia do 9º Congresso Internacional de Shopping Centers, evento promovido pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), trouxe para os participantes números e análises inéditas que mapeiam o perfil do consumidor brasileiro no que diz respeito a esse segmento econômico. A pesquisa mostra o hábito de freqüência e de consumo em seis capitais brasileiras - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador e Porto Alegre. Juntas, essas cidades reúnem 26% do poder de consumo e concentram 38% dos shoppings existentes no Brasil. Todos os dados levantados foram recolhidos pelo IPDM (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado). "Pela primeira vez temos informação sobre o comportamento do consumidor em todo Brasil", ressalta o presidente da Abrasce, Paulo Malzoni Filho. "Em um país de dimensão continental como o nosso isso é fundamental para o sucesso de nossos empreendimentos, pois temos agora condições de perceber o que o consumidor de cada região espera de um shopping. Essas informações permitirão que nossos empreendedores de shopping centers dêem foco em seu trabalho nas demandas e necessidades de seu público consumidor", desta Malzoni Filho. O consumidor de shopping centers no Brasil Um dos primeiros dados revelados não deixa de ser curioso. Apesar das mulheres serem taxadas como mais consumistas e "apaixonadas" por compras do que os homens, a pesquisa da ABRASCE mostra um certo equilíbrio entre os sexos quando se trata de consumidor de shopping: o público feminino representa 55% dos freqüentadores. A grande maioria dos clientes (71%) pertence às classes A e B. A cidade com presença maior dessas classes é Porto Alegre (79%) e a menor é Salvador com 54%. A pesquisa traz também informações sobre o que mais motiva o consumidor a ir a shopping centers. Em média 62% do público nas seis capitais vão ao shopping semanalmente e a motivação principal é fazer compras (38%), seguido por passear (19%), serviços e praça de alimentação com 12% e 10% respectivamente completam a lista dos principais motivos. São Paulo é a cidade campeã de freqüência motivada por compras (44%), Belo Horizonte é a campeã em passeio (26%) e o público soteropolitano tem como motivação maior o fator serviços (18%). O tempo médio de permanência do consumidor nesses estabelecimentos é 73 minutos, porém duas cidades se distanciam da média: Porto Alegre com 63 minutos e Belo Horizonte com 94 minutos. Como hábito de consumo, a pesquisa encomendada pela ABRASCE revela que o consumidor que vai ao shopping e concretiza uma compra gasta em média R$ 95,00 por visita. Em média, cada cliente entra em 2,5 lojas toda vez que vai ao shopping, sendo que 56% desses freqüentadores compram algo. A cidade com o maior valor médio de compra é Belo Horizonte (R$ 138,00) e a menor é o Rio de Janeiro (R$ 71,00). Quando se está no shopping 78% dos clientes tem como hábito ir ao cinema, esse comportamento é mais intenso em pessoas com faixa etária entre 17 e 29 anos. Por conseqüência, assistir um filme incentiva outras atividades já que 55% dos clientes que vão ao cinema também vão à praça de alimentação. Entre os freqüentadores da praça de alimentação, a média de gastos é de R$ 13,00. Na categoria serviços, os caixas eletrônicos são os mais utilizados pelo público (60%), seguido das agências bancárias (39%), lotéricas (29%), correios (16%) e cabeleireiros (12%). O serviço de caixa eletrônico é praticamente uma unanimidade entre os serviços utilizados, pois todos os segmentos e classes de consumidores utilizam esse serviço com freqüência. Para concluir, o grau de satisfação dos clientes com os shoppings é bastante elevado. A média de satisfação nas seis capitais alcança o índice de 92%.
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