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Política
28/09/2006 - 14h11
Estudantes estão indignados com a classe política
 
 
Levantamento reflete a opinião de 1,1 mil alunos da rede pública e privada de São Paulo

Às vésperas das eleições nacionais, os adolescentes estão indignados com a Política. É o que mostra a pesquisa "O jovem e a política", realizada junto a 1.152 estudantes do ensino médio da rede pública e privada do Estado de São Paulo, com idade média de 16 anos, pelo Instituto da Cidadania Brasil. O estudo abordou aspectos como nível de conhecimento dos jovens sobre os políticos, avaliação de desempenho e o que eles consideram que deveriam ser suas prioridades.

Do total da amostra, foram aplicados 1.080 questionários aos alunos da rede pública e da rede privada com idade entre 15 e 21 anos, e 72 questionários formaram uma sub-amostra de alunos do ensino supletivo com idade entre 22 e 55 anos.

Para o coordenador da pesquisa, Renaldo Gonçalves, da PUC-SP, o grau de indignação dos alunos chamou a atenção. "Percebemos esse fato quanto ao comportamento dos políticos brasileiros em toda a relação de perguntas e respostas, embora alguns acreditem que os políticos dão emprego, saúde, educação e segurança", destaca o professor.

Conhecimento sobre o executivo

Solicitados a escrever o nome do presidente e avaliar o seu governo, 96,94% dos entrevistados acertaram o nome do atual chefe de estado brasileiro; 3,06% erraram, e 2,96% declararam não saber. Quanto ao nome do governador, 92,22% acertaram; e 80,65% responderam corretamente o nome do prefeito.

A avaliação do Presidente da República gerou os seguintes percentuais: 2,31% acham seu desempenho ótimo; 22,50%, bom; 45,37%, razoável; 18,89%, ruim; e 9,35%, péssimo.

O grau de acerto dos estudantes do ensino médio contrasta com os de alunos de supletivo. Dos alunos em supletivo que responderam à pesquisa, 88,89% sabem o nome do presidente, 86,11% o do governador e 68,06% o nome dos prefeitos. Esta discrepância entre as respostas dos adolescentes e dos adultos que freqüentam o supletivo revela o grau de atenção dos adolescentes em relação ao ambiente político do País. "Os adolescentes acompanham muito melhor o que acontece na política", afirma o professor Renaldo Gonçalves.

Para Renaldo também é preocupante o desnível que a pesquisa revela entre as esferas federal e estadual em detrimento dos governos locais (prefeituras). "O ideal seria que houvesse no mínimo o mesmo nível de preocupação com as questões da sua própria cidade", destaca.

Prioridades e exigências para os novos governantes

Os jovens indicaram ainda quais deveriam ser as prioridades dos políticos para um futuro governo. Para 463 entrevistados (44%), o cumprimento das promessas feitas nas campanhas eleitorais deve estar em primeiro lugar. Para 331 jovens (28,7%), a segunda prioridade deve ser a luta contra a corrupção. A proximidade com as necessidades da população é, para 227 jovens (19,7%), a terceira prioridade.

As exigências de que os políticos devem ter preparo intelectual e escolaridade necessária ficaram empatadas em quarto lugar, com 259 (22,5%) e 298 (25,9%) jovens, respectivamente. Em último lugar, com contagem expressiva, aparece a necessidade dos futuros governantes "não defenderem interesses próprios".

Em relação ao que os jovens esperam dos políticos, os investimentos em educação aparecem em primeiro lugar, seguido de melhorar o padrão de ensino e oferecer maiores oportunidades de emprego. A promoção da distribuição de renda aparece na pesquisa em quarto lugar. O combate à violência e maior segurança aparecem como a quinta prioridade. No sexto lugar aparece o combate à corrupção, enquanto o lazer aparece no sétimo posto do ranking.

De acordo com Paulo Saab, presidente do Instituto da Cidadania Brasil, "o resultado da pesquisa mostra que os jovens esperam uma mudança no comportamento dos políticos, por considerarem que eles não cumprem o que prometem e não defendem os interesses da população".

Participação política dos jovens

Quanto à participação dos jovens, 49,83% declararam que não participam da política. 27,78% participam de grupos de discussão, e 8,89%, no grêmio. O grupo que não participa e não tem interesse registrou a cifra de 10,83%.

Os dados obtidos podem assemelham-se à situação encontrada na sociedade: quase 9% participam do grêmio e provavelmente parte destes serão as lideranças políticas do futuro; 11% não têm vontade de participar, provavelmente serão os que no futuro anularão o voto ou deixarão em branco, e aproximadamente 50% participam como eleitores.

Segundo a pesquisa 1.087.000 alunos do ensino médio vão participar do processo eleitoral, sendo que deste total de alunos, 51,76% têm ou tiraram o título de eleitor para participar das eleições de maneira voluntária, e 48,24% não têm ou tiraram o título. A pesquisa aponta que 70% deles têm idade entre 15 anos e 6 meses e 17 anos e 6 meses sendo que a participação deles não é obrigatória por lei.

Os alunos que declararam ter o título de eleitor, 17,69% já votaram e 82,31% vão votar pela primeira vez.

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