Contorno o vazio pelo verso. Poupo palavras para não economizar sentidos. Meço a palavra pelo silêncio que causa. Escrever é baforar o invisível, até torná-lo baço, pois a poesia é sopro. Tateio o intangível até adivinhar sua cor. Então, a decomponho em versos, pois o poema é prisma. Poetas são os rios, que transformam a queda em cachoeira. A poesia muda. Intercambiável. A poesia é muda. Brota no improvável. Nota do Editor: Márcio Juliboni é jornalista, cobre Economia e Negócios no portal Exame. Trabalhou no serviço de notícias online, "Panorama Setorial", do jornal Gazeta Mercantil, na Agência Estado e em várias revistas segmentadas. Iniciou a carreira na grande imprensa em 2000.
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