O IPC - índice de preços ao consumidor da FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - indica um aumento da inflação de 0,7% de janeiro até a terceira quadrissemana de setembro. Mas quem tem carro está tendo um custo de vida bem maior este ano. O IMC - Índice de Manutenção do Carro da AutoInforme, mais conhecido como "Inflação do Carro", registra o custo de vida de quem tem carro. E esse custo é bem maior do que a inflação oficial. Em setembro o IMC teve uma ligeira baixa, de 0,01%, mas no acumulado (jan-set) registra uma alta de 3,5%, ou seja: cinco vezes acima da inflação da FIPE. Alguns produtos tiveram altas expressivas em setembro, caso da bateria, que ficou 9,1% mais cara, e do seguro total, que subiu 1,5%. Os itens que mais caíram de preço em setembro foram o serviço de cambagem (-5,8%), o jogo de amortecedores (-3,7%) e o filtro de ar (-3,4%). O alto índice da Inflação do Carro este ano é conseqüência das altas expressivas do álcool no início do ano. O preço médio do combustível na primeira tomada do ano era de R$ 1.47, subiu para R$$ 1,64 em fevereiro e chegou a R$ 1,79 em março. Observe no gráfico do IMC: os meses de maiores altas foram justamente esses, quando o álcool teve os maiores aumentos de preços na bomba. Hoje o preço do combustível está em R$ 1,32 e pode baixar ainda mais, já que estamos em plena safra. Os combustíveis (álcool e gasolina) são os itens com maior peso na composição do IMC. Juntos eles representam quase 50% do total das despesas que o motorista tem com o carro. Em setembro o estudo apurou queda no preço dos combustíveis: o álcool ficou 3,2% mais barato e a gasolina teve queda de 0,19%.
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