Sobre a convocação que o vereador Jairo dos Santos (PT) fez para o debate sobre o projeto que regulamenta o som ao vivo nos estabelecimentos comerciais do município, gostaríamos de nos manifestar com alguns comentários. No texto, o nobre edil fala em “contemplar os músicos e comerciantes, etc.”. Sim, claro, mas não seria bom pensar também em contemplar com o sossego o cidadão que habita no entorno, a grande maioria? Quanto a “gerar empregos”, ninguém vai perder o seu. A idéia é que poderia haver o som acústico, não amplificado, para os freqüentadores. Assim, os turistas interessados em música ao vivo, terão suas opções atendidas (axé, sambão, pagode etc.) e o resto da população poderá repousar. A prática anterior, o som amplificado, mais parecia um desafio entre torcidas: cada um aumentava mais o seu volume, até conseguir abafar o som do vizinho. As noites tornaram-se um verdadeiro inferno para quem só queria descansar, curtir sua merecida e silenciosa noite de sono. O Rio de Janeiro resolveu este mesmo problema com muita sensatez, e a solução encontrada foi exatamente proibir o som com amplificadores. O raciocínio é simples: o som deve ser ouvido por quem está freqüentando o lugar e não pelo bairro inteiro. Os moradores do Itaguá e proximidades estarão atentos ao encaminhamento da questão e dispostos inclusive em provocar o Poder Judiciário sobre o assunto, caso julgue necessário. É bom sempre lembrar que uma cidade que incomoda seus moradores, certamente vai incomodar seus visitantes. Associação dos Moradores do Alto da Praia Vermelha e Jardim Alice Fonte: Ubatuba Víbora.
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