Contemplo o instante Teu universo instante Contemplo a imensidão na luz do teu olhar Me disparo, me reitero Contorno fluências para examinar Cada instante em que estás Teus instantes de plenitude e fulgor Tuas pétalas, teu fragor. Te moldo em melodia Dou aos traços teus, plenitude de canção Cada som de tua voz, uma nota Cada palavra, uma sinfonia E se isso não te bastar Posso reinventar o tempo Para que ele sempre pare quando passares E se mesmo assim ele insistir em passar Ainda continues eterna para mim. Posso te compor para sempre em minha memória Te gravar em percepção indelével Posso te ser, me ser, nos ser Para quando me veres Saiba que sempre estive aí Mesmo enquanto aqui, em meu querer Só pra nos querer. Anunciarei ao mundo o que sinto Sentirei a plenitude que o mundo desconhece Deixarei que saibam o quanto és importante para mim Te ouvirei quando chamar Ouvirei a voz de teu silêncio Entenderei tuas lágrimas Suavizarei tuas lástimas Serei teu amigo E serás minha canção favorita. Quando o frio estatuário te envolver Sussurrarei poesia em teus ouvidos Deslocarei estrelas Conquistarei constelações E te presentearei com cada centelha de luz e calor Que o universo puder me dar. Nota do Editor: Juliano Martinz é técnico em informática (mas o sonho de abandonar as máquinas e sobreviver como escritor persiste, inexpugnável).
|