Uma máquina aqui, outra ali...
Luiz Moura |  |
Sempre que permitem, acompanho vereadores em suas andanças pelo município. Com isso, além de conhecer o trabalho que eles desenvolvem, participo das fiscalizações que empreendem. Tenho notado uma grande quantidade de gatos (*) nas obras municipais. Muito além do que imaginava existir. Em minha opinião, os responsáveis pela fiscalização do Executivo devem verificar se os valores contratados estão acima do de mercado e se a qualidade dos materiais e/ou mão-de-obra empregados na execução inspiram cuidados. Outro dia, quando o (novo?) responsável por uma obra foi inquirido por um vereador, sobre a fiscalização da Prefeitura, respondeu: - Tivemos que quebrar todos os pilares pois o "empreiteiro" que tocava a obra colocou as ferragens erradas. Isso atrasou muito nosso trabalho. Nada falei, mas mentalmente não pude me esquivar de uma pergunta: "Por que o engenheiro responsável pela fiscalização não verificou a ferragem antes da concretagem?" Ressalto que até agora não encontrei, nessas andanças, um funcionário da administração do "desgaste" responsável pela fiscalização. O gato, digo, o gestor maior da administração do “nunca antes (e de novo jamais)” afirma que os atrasos nas obras da Prefeitura são decorrentes das chuvas que caem sobre Ubatuba. Afinal, gato tem ou não tem medo de água? (*) Gato - Aquele que recruta trabalhadores, servindo de intermediário entre o empreiteiro e o peão (Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI). * A imagem acima retrata o maquinário da Prefeitura sendo utilizado (hoje) nas “obras” de reurbanização da avenida Iperoig. Essas “horas máquinas” estão computadas no valor contratado por Eduardo César (?) e ele está “dando” uma ajudinha aos gatos ou é obrigação contratual da Prefeitura? Perguntas e mais perguntas sem respostas. Mas não se cansam de propagar a existência de transparência nos atos da administração.
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