O Dia da Consciência Negra, que será lembrado na segunda-feira, 20 de novembro, não passará despercebido pelo UNIMÓDULO. Por meio do curso de história, serão realizadas diversas atividades com o objetivo de valorizar e difundir a cultura negra. O evento será gratuito e aberto a todos os interessados.

A programação será iniciada às 18h, como a exibição do vídeo “Sons do Brasil”, no auditório Angelo Fonseca Nogueira. Nesse mesmo espaço haverá na seqüência a apresentação “Navio Negreiro – uma nova leitura”, dos alunos do 2º semestre do curso de história.

A partir das 19h30, haverá uma exposição e debate com a palestrante Silvia Helena Seixas Alves, que é professora e representante do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo. Sua abordagem terá o tema “Educação e a Lei 10.639”.

Outra palestra que poderá ser acompanhada pelos participantes será ministrada pelo professor Sérgio Burihan. Ele falará sobre a Rainha N’zinga e a importância das Irmandades no processo idenitário do negro brasileiro.

A Praça do UNIMÓDULO também será espaço destinado à programação do Dia da Consciência Negra. A partir das 21h o local receberá uma apresentação de toques de tambor e berimbaus, além de samba de raiz com Antônio Lúcio Orlando, Vanderlei da Silva, José Frâncico Araújo (Chocolate do cavaquinho) e José Rodrigues. O encerramento acontecerá com muito Acarajé.

Conforme explicou a professora Rosangela Dias da Ressurreição, coordenadora do curso de história, este será o segundo momento em que a instituição realiza atividades nessa data e a proposta é continuar com ele anualmente. No ano passado, por exemplo, houve a participação de uma pessoa da República Democrata do Congo, além de representantes do governo federal e professores do UNIMÓDULO.

Rosangela conta que a demanda por reparações visa a que o Estado e a Sociedade tomem medidas para ressarcir os descendentes de africanos negros, dos danos psicológicos, materiais, socais, políticos e educacionais sofridos sob o regime escravista, bem como em virtude das políticas ou táticas de branqueamento da população, de manutenção de privilégios exclusivos para grupos com o poder de governar e de influir na formulação de políticas, no pós-abolição.

Para ela, a comunidade afro-brasileira exige reconhecimento, valorização e afirmação de direitos. Este reconhecimento implica em justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue os negros dos outros grupos que compõem a população brasileira.

“Políticas reparadoras e de reconhecimento formarão programas de afirmativa, isto é, conjuntos de ações políticas dirigidas à correção de desigualdades raciais e sociais, orientadas para oferta de tratamento diferenciado com vistas a corrigir desvantagens e marginalização criadas por estrutura social excludente e discriminatórias. Acreditamos que a escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações”, finaliza.