A lagoa do Dudu
Luiz Moura |  |
Rãs, sapos e pererecas não têm a minha simpatia. Mantenho distância desses animais. Meus amigos, na infância, após (ou durante) uma chuva prolongada saíam à caça de rãs, mas eu sempre arrumava uma desculpa para não acompanhá-los. O brejo mais próximo de minha casa situava-se em uma das esquinas formadas pelo cruzamento das ruas Hans Staden e Dom João III. O caminho era pela praça 13 de Maio. Por falar em praça 13 de Maio, lembrei que a falta de recursos financeiros é uma das razões apresentadas por Eduardo César (?) para o atraso na conclusão da “reurbanização” da praça, que deveria ter ocorrido no dia 26 ou 27 de novembro de 2006 (placas contraditórias no local). Ontem houve uma intensa queima de fogos em Ubatuba. Em tempos de vacas magras isso é justificável? Qual foi o montante queimado? Enquanto isso, a administração do “nunca antes (e de novo jamais)” atrasa mais ainda o término da praça 13 de Maio. A “obra”, de valor questionável (R$ 514.961,96), apresenta em seu centro uma lagoa artificial (foto acima). Um local propício à proliferação de insetos, rãs, sapos e pererecas. Com tantos “desgastes”, cada vez mais, se aproxima a efetivação de um desejo que se faz popular: “- Deixa estar, jacaré, a lagoa há de secar!”
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