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Ciência e Tecnologia
05/01/2007 - 16h05
Veneno artificial
Fábio de Castro - Agência FAPESP
 

Pesquisadores do Instituto Butantan deram um passo importante para produzir em laboratório o veneno da jararaca (Bothrops jararaca), a serpente mais comum do Brasil. A produção da substância in vitro pode ter importantes conseqüências ambientais, ao dispensar o uso dos animais para pesquisa sobre venenos e produção de soro.

Norma Yamanouye, pesquisadora do Instituto Butantan, desenvolveu uma metodologia que propicia o cultivo da célula secretora do veneno da serpente. A descrição do trabalho será publicada em janeiro na revista Nature Protocols.

A cientista faz parte de um grupo que publicou no início do ano, na revista Toxicon, os primeiros resultados sobre a cultura primária da célula secretora da glândula de veneno da jararaca. A pesquisadora mostrou como as células isoladas em cultura se agregavam e formavam um ácido que secretava veneno.

“Em setembro, acrescentei um dado mostrando que a substância secretada em cultura também exercia atividade hemorrágica, como o veneno natural, mostrando que estávamos no caminho certo”, disse a bioquímica à Agência FAPESP.

Com a metodologia, Norma pretende padronizar uma cultura de células secretoras e “imortalizá-las”, isto é, fazer com que se reproduzam indefinidamente, sobrevivendo fora do organismo. “Com isso, esperamos conseguir uma linhagem de células secretoras que possibilitará produzir o veneno em cultura”, disse.

A produção in vitro evitaria a necessidade de criar serpentes em cativeiro para a extração do veneno. Isso teria impacto ambiental positivo, pois as serpentes utilizadas para pesquisa não podem ser devolvidas à natureza. “Se pudermos produzir o veneno em laboratório, sem dúvida haverá redução da mortalidade desses animais – muitos deles raros ou ameaçados de extinção”, afirmou Norma.

O veneno da jararaca é utilizado hoje na produção de um medicamento para o controle da hipertensão. “Há grande interesse no uso do veneno para bioprospecção e pesquisa de fármacos. A prioridade, no entanto, é a fabricação de soro. Por isso, seria interessante a produção artificial”, disse Norma. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 14 mil pessoas foram vítimas de acidentes com jararacas no Brasil em 2006.

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