Empreendedor baiano, de Jequié, também possui estabelecimento fixo, onde trabalham sua mulher e uma prima
| Arquivo Sebrae |  | | | Djalma Andrade da Silva e suas duas quitandas, a fixa e a móvel. |
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Quando trabalhava como mecânico numa oficina de motocicletas, em Jequié, na Bahia, Djalma Andrade da Silva tinha uma renda inferior a um salário mínimo. Ouvindo rádio, ele tomou conhecimento do Programa Jovem Empreendedor, uma iniciativa conjunta do Sebrae e Ministério do Trabalho. Não pestanejou, foi à agência do Sebrae e se inscreveu. Djalma iniciou o curso de capacitação e adquiriu noções de empreendedorismo, análise de mercado, identificação de oportunidade de negócios, além de marketing, finanças e direitos trabalhistas. Depois do curso, o candidato a empresário teve o auxílio de técnicos do Sebrae para elaborar o plano de negócio, que foi apresentado ao Banco do Brasil, onde conseguiu um empréstimo para abrir a Hortaliça e Cia., uma quitanda que, além de um posto fixo, tem uma unidade móvel que vende verduras, legumes e frutas, de quarta-feira a sábado, pelas ruas da Cidade Sol, como Jequié é conhecida na Bahia. Para desenvolver o projeto do comércio ambulante, Djalma aproveitou sua experiência como mecânico de motos. Adaptou um ’side-car’, de forma que fosse possível transportar nele as frutas e verduras. Com a motocicleta e o ’side-car’, ele visita os bairros de Jequié, apregoando seus produtos. Com a iniciativa, o ex-mecânico de motos quintuplicou sua renda. "Hoje já consigo faturar cinco salários", comemora, satisfeito com o resultado do negócio desenvolvido a partir de sua participação no Jovem Empreendedor. "Consegui um empréstimo de R$ 13,8 mil no Banco do Brasil, que me ajudou a comprar a moto e montar a estrutura de meu estabelecimento", diz. Ele diz que o conhecimento adquirido também o ajudou na melhoria do atendimento e na relação com os fornecedores. "O Sebrae tem sido um grande parceiro", afirma. O gestor do ponto de atendimento do Sebrae em Jequié, Rosival Fagundes, explica que o projeto da quitanda móvel de Djalma demonstrou ser viável e não teve dificuldade em obter o financiamento bancário. Para o coordenador estadual do Jovem Empreendedor, Luciano Ragazzo, o programa é de extrema importância na inclusão de jovens de baixa renda no mercado de trabalho. "A nossa idéia é ter uma participação cada vez maior desses jovens no mundo do empreendedorismo", diz.
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