10/09/2025  02h33
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Surfe
23/01/2007 - 18h15
Mulinha garante o bi no 3º Santos Surf Festival
Fábio Maradei
 

Principal nome da nova geração dos pranchões, o guarujaense Danilo Rodrigo, o “Mulinha” voltou a reinar no Santos Surf Festival. Nesta terça-feira (dia 23), após uma final memorável e de alto nível nas ondas do Quebra-Mar, ele garantiu o bicampeonato na 3ª edição do campeonato profissional de longboard, que faz parte da programação do evento criado para enaltecer a cultura e resgatar a história da modalidade.

A primeira competição de destaque da temporada reuniu os principais nomes da modalidade e também contou com disputas desde os futuros talentos aos veteranos, em ondas de até 1 metro na série e perfeitas para manobras de long. Na júnior, quem ergueu a taça foi o filho mais novo de Picuruta Salazar, Matheus, de 13 anos, mostrando que tem tudo para seguir os passos do pai. Entre as meninas, Thiara Mandelli veio do Paraná para levar a vitória. Na master (acima dos 40 anos), mais uma vitória para o Clã Salazar, desta vez com Almir Salazar. E completando a festa, na pioneiros, quem surfou melhor foi John Wolthers.

Mas foi a disputa profissional que chamou a atenção de todos. Com apenas 21 anos de idade, Mulinha já havia vencido na estréia da disputa, em 2005, e agora comemorou o título com uma atuação para lá de convincente. Depois de garantir a melhor nota do evento na semifinal, 9,5 pontos, ele enfrentou três grandes nomes da modalidade, entre eles o ídolo Picuruta Salazar, nada menos que nove vezes campeão brasileiro e vencedor do Santos Surf no ano passado.

Também estavam na briga Eduardo Bagé, que divide sua vida entre o Rio de Janeiro e Biarritz, na França, e Jaime Viúdes, de Itanhaém. Todos competidores do Circuito Mundial e figurando entre os top 10 do Brasil. Mulinha não deu chances aos rivais, abrindo a bateria logo com uma nota 8,75 e liquidou a fatura no meio da disputa, com um 9,4, para somar 18,15 pontos de 20 possíveis.

O resultado foi tão “elástico”, que ele se deu ao luxo de descartar notas 8 e 7,75. Picuruta e Bagé disputaram o 2º lugar até os segundos finais, quando o surfista carioca conseguiu uma onda 9 pontos para assegurar o vice-campeonato pelo 2º ano consecutivo. Picuruta ficou em 3º lugar, mas saiu feliz do mar com o desempenho de seu filho na bateria anterior e também com Mulinha. “É um menino que é um amigo de verdade. Fico sempre satisfeito pela evolução dele. É um potencial campeão mundial”, comentou o maior representante do surf de Santos.

Para Mulinha, a vitória representou uma satisfação dupla. “Fiquei muito feliz por vencer na casa do Picuruta. Eu tenho um grande carinho por ele. Sempre viajamos juntos e aprendo muito. Também foi muito bom vencer a primeira da temporada”, afirmou Mulinha, que herdou o apelido do pai (Jorge Mula). “Vamos continuar batalhando para buscar novas vitórias e trazer o título mundial para o Brasil”, acrescentou.

O sempre animado Bagé valorizou a conquista de Mulinha, com notas 9 e 7,75 e descartando 7,70 e 7,25. “Fui duas vezes vice, mas no ano que vem estou ai de volta”, falou o atleta. Picuruta também não ficou atrás, com 8 e 8,10 e 7 de descarte. Jaime Viúdes completou o pódio na 4ª colocação.

OUTRAS FINAIS - Na final feminina, Thiara Mandelli garantiu a conquista com uma nota 7 para superar a bicampeã do evento, Rita Helena. “Estava nervosa no começo, mas depois me acalmei e consegui escolher bem a onda”, disse a atleta de 22 anos, que mora em Curitiba e surfa em Matinhos. Rita Helena ficou com o vice, mas saiu com um grande sorriso no rosto: “É muito bom o surf feminino valorizado. Ver meninas novas se destacando”, comemorou. A guarujaense Diana Carbone, mulher do conceituado shaper Neco Carbone, ficou em 3º lugar, seguida da estreante Priscila Ferreti.

Na final dos surfistas com até 18 anos. Matheus Salazar mostrou sintonia com o pranchão, usando o equipamento do pai. Ele venceu com notas 7 e 8 e antes mesmo do término da disputa teve de sair do mar, para entregar a prancha para o pai competir. “Sempre surfo com a prancha dele e já tínhamos combinado que eu sairia antes. Não ia conseguir vencer, se não fosse com a prancha dele”, explicou.

“Meu pai me ajuda muito, me dá maior força”, reforçou Matheus. O guarujaense Marcelo Carbone (filho de Neco) foi o vice-campeão, seguido de Wenderson Biludo, de São Sebastião, e César Augusto, de Ubatuba. Assim como Picuruta, Neco vibrou com o filho. “É muito bom ver a nossa paixão sendo mantida pelo filho. Também estou feliz porque tem pranchas minhas em todas as finais, inclusive a do Danilo”, ressaltou o experiente shaper.

Na master, Almir Salazar – velho conhecido das ondas do Quebra-mar - somou 8 e 7 para superar Adolfo Jordão, de Angra dos Reis. “É bom começar o ano com uma vitória importante dentro de casa. Nos outros dois anos tinha sido o 3º colocado e agora consegui achar boas ondas”, disse Almir, que usou a mesma prancha que seu sobrinho, Matheus, e seu irmão, Picuruta. “Foi uma prancha familiar”, destacou o atleta de 48 anos. O também santista Wagner Ramos ficou na 3ª colocação e Fábio Franco, o Fabinho Anão, foi o 4º colocado.

Entre os pioneiros, surfistas com mais de 50 anos, Bruzzi, de Ubatuba, liderou praticamente toda a bateria, mas no final, o santista John Wolthers virou o resultado. “Nós que somos veteranos aqui, sabemos que o Canal 1 tem sempre um ombro amigo, uma onda salvadora”, disse John. “O mais importante é essa comunhão entre os veteranos. Nossa geração foi pioneira”, ressaltou.

Outro santista, José Luiz Saint’Anna, ficou em 3º lugar, seguido de Carlinhos Twin. Todos veteranos e dignos de homenagem. Para completar a festa nas ondas, o palhaço Saracura pegou ondas vestido a caráter e Fabinho Anão, considerado o menor surfista do Mundo, também demonstrou sua habilidade. “Foi muito legal, mas aquele sapato grande atrapalha”, argumentou Saracura.

ATÉ DOMINGO - O 3º Santos Surf Festival teve início domingo (dia 21), no Dia Municipal do Surf, criado pela Lei Municipal nº 2.172, de autoria do vereador Fábio Nunes, o Fabião, e segue até o próximo domingo (dia 28), com uma programação variada. O público em geral pode conhecer o Museu do Surf, com um acervo de 150 pranchas, contando toda a história do esporte, e assistir a filmes sobre o assunto. Também pode participar de aulas de iniciação ao surf grátis, com supervisão de Picuruta Salazar. Durante todos os dias, serão realizadas demonstrações com surfistas conhecidos.

Outro destaque é o sorteio diário de uma prancha de surf. Para participar, basta retirar o cupom numa das lojas conveniadas do evento. O 3º Santos Surf Festival tem o patrocínio da Prefeitura Municipal de Santos, com os co-patrocínios de VI Fiberglass, Surfstore, Sthill, Hot Water e Hawaii Surf Point. Apoios de Silver Surf, Ripwave e Natural Art. Homologação da Federação Paulista de Surf e da Associação Santos de Surf e divulgação da FMA Notícias.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "SURFE"Índice das publicações sobre "SURFE"
02/06/2017 - 08h50 Surfista se prepara para competições nacionais
26/11/2015 - 12h09 Maresias recebe o VII Black BeltChallenge de Surf
12/11/2015 - 10h04 Pâmella Mel estreia no Circuito Brasileiro
08/02/2014 - 07h12 3ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
29/01/2014 - 10h02 Pâmella Mel, 8, uma surfista prodígio
12/01/2014 - 10h01 2ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.