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Economia e Negócios
28/01/2007 - 13h10
Produção de moluscos na baía de Ilha Grande
Rodrigo Rievers - ASN
 

A produção de mexilhões, cocquilles saint jacques e ostras têm ganhado corpo na baía de Angra dos Reis (RJ), a chamada Costa Verde fluminense. Antes, era apenas uma complementação de renda para pescadores artesanais. Mas, com a escassez de peixes, já começa a ser a principal atividade para as famílias de pescadores e ex-pescadores que vivem na região.

“Hoje, é mais rentável trabalhar a maricultura do que a pesca artesanal, que está cada vez mais difícil, necessitando saídas para mar aberto”, diz o presidente da Associação dos Maricultores da Baía da Ilha Grande (Ambig), Ronaldo de Souza Viana.

Segundo Ronaldo, a ausência de um manejo adequado para a pesca na região tem feito com que as pessoas que vivem da atividade se afastem cada vez mais da costa. “E quanto mais longe, maior o custo e maior o risco para os pescadores artesanais”, assinala.

Para o presidente da Ambig, além de estar sendo mais rentável, com dois salários mínimos por mês por família, tendo em vista a média anual de vendas da associação, a maricultura apresenta outra vantagem. É que os ex-pescadores agora convivem mais com suas famílias, que passaram a trabalhar nas fazendas marinhas onde são cultivados mexilhões, cocquilles e ostras.

Com 38 associados, entre eles o seu ‘Osmar das Ostras’, que mantém um restaurante flutuante nas proximidades da praia de Passa Terra, em Ilha Grande, a Ambig é uma das associações integradas ao projeto ‘Maricultura na Costa Verde’, que está inserido na metodologia Gestão Estratégica Orientada para Resultados (Geor).

“A entrada desse projeto na Geor foi muito importante, porque a Geor uniu forças aqui na região da Costa Verde, despertando o interesse do poder público pela atividade e distribuindo responsabilidades entre todas as instituições e entre os produtores de moluscos também”, avalia Ronaldo.

O viés da união em torno de objetivos comuns também é destacado pelo técnico responsável pelo projeto ‘Maricultura na Costa Verde’ na Secretaria de Pesca de Angra dos Reis, André Luiz de Araújo. “A união dos maricultores, das três prefeituras (Angra dos Reis, Mangaratiba e Paraty) e da iniciativa privada indica caminhos para o crescimento da atividade”, avalia.

André Luiz diz que o apoio e articulação do Sebrae no Rio de Janeiro foram fundamentais para consolidar o projeto. Além disso, destaca o técnico da Secretaria de Pesca de Angra dos Reis, o Sebrae tem levado produtores e gestores públicos para conhecer projetos que estão tendo êxito em outras regiões do País.

Uma das missões foi para Florianópolis (SC) e para a praia de Bombinhas, no litoral catarinense, locais onde a produção de mexilhões e ostras é referência para o restante do Brasil. “Vamos trazer a metodologia que eles usam lá para a região”, anuncia André Luiz.

Como desafios para a atividade, André Luiz coloca a questão da legalização das fazendas marinhas junto aos órgãos ambientais. “São muitas normas que, às vezes, diferem de um órgão para o outro. Diria que há um excesso de normas, uma burocracia que acaba tendo reflexos em outras áreas, como a de acesso ao crédito, por exemplo”, assinala.

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