Não são considerações de quem conta e depende do contracheque ou que tenha o rabo preso. Fala-se muito e não se diz nada, pior, nada acontece porque nada se faz. Deixar de perambular pela esperteza e começar a usar a inteligência seria uma boa tentativa para perceber que existe uma cidade abandonada e maltratada. O projeto da feira de bugigangas, para os menos mobralizados "feira hippie", junto com uma montoeira de dinheiro foi ladeira abaixo. A reforma do casarão da família Guisard não termina nunca. O prédio do Fórum que seria um espaço cultural não aconteceu. O novo nicho do mercado turístico que seria viabilizado pelo Programa Cicloviário de Ubatuba foi pro brejo. O projeto de sinalização viária, nome de ruas e indicação de logradouros públicos foi pro beleléu. As lixeiras nas ruas o gato comeu. A praça Alberto Santos continua com água empoçada, a dengue agradece, e tendo a grama cortada por empresários locais. A calçada da Leovigildo tem mais buracos que queijo suíço. As pontes e seus balaústres continuam sujas com mato, lixo e ferragem expostos. As ruas, isso sim é lamentável, esburacadas e sujas. Os transatlânticos com turistas estrangeiros devem ter afundado. As faixas anunciando acontecimentos e até a venda de mortadela agridem a estética local. O projeto dos universitários da Universidade de Hamburgo foi esquecido. O hotel da Almada foi interditado. A Marina + lojas + apartamentos no Itaguá não foi aceita, assim como muitas outras não foram e muitas outras não serão. Quem não percebe o que está acontecendo no mundo exterior e não tiver capacidade de adaptação vai vivenciar o mesmo que dono de padaria que insiste em manter a caderneta, quebra! Que digam donos e ex-donos de padarias. Acabar com o silêncio e a passividade também seria um caminho, reclamar o que de direito é exercício de cidadania, peça o que é seu para quem trabalha para você.
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