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SEÇÃO
Agricultura e Pecuária
13/02/2007 - 10h00
Manual moderniza sistema centenário de produção
Regina Xeyla - ASN
 
O ’Manual de Referência para Casas de Farinha’ oferece orientações para tornar a produção de farinha de mandioca mais segura e de melhor qualidade
 
Divulgação 
  Manual define melhoramentos e modernização na produção de farinha de mandioca.

Em Alagoas a mandioca é o segundo maior produto agrícola, sendo fundamental para os programas de agricultura familiar. A produção da farinha é responsável pela subsistência de mais de 25 mil famílias cuja economia doméstica está ligada em toda a cadeia produtiva em suas mais de 600 casas de farinha instaladas na região, e os mais de 20 mil hectares de plantio da raiz.

Fazer farinha é uma atividade centenária. O processo de colher a mandioca, esmagar, esfarelar e torrar faz parte da cultura da região. Mas como aprimorar esse processo, com incremento de tecnologia, sem, contudo, comprometer essa história?

Pensando nisso, técnicos do Sebrae e da Fundacentro realizaram um estudo de campo, nas casas de farinha de Alagoas. O trabalho resultou na criação do ’Manual de Referência para Casas de Farinha’, com orientações e recomendações que irão possibilitar a melhoria da qualidade do produto, resultando numa maior produtividade, padrão de vida para os trabalhadores e a proteção do meio ambiente.

O Sebrae em Alagoas, que já vinha desenvolvendo um projeto nas casas de farinha do Estado, viu a necessidade de incluir no trabalho questões ligadas a saúde e segurança no trabalho. Assim, o projeto passou a ser baseado em três pilares, que são: saúde e segurança no trabalho, proteção do meio ambiente e segurança alimentar. Todos os itens são trabalhados na publicação.

O conteúdo da publicação está dividido em cinco temas, que são: Boas Práticas de Fabricação (BPF); Diagnóstico Ambiental; Saúde e Segurança no Trabalho; Ergonomia; e Projeto Arquitetônico. Sobre o processo de produção da farinha de mandioca, o Manual ensina, de forma bem didática, os cuidados que devem ser tomados nas seguintes etapas: Recepção das raízes; Descascamento; Lavagem; Prensagem; Peneiramento; Torração (secagem); segundo Peneiramento; Torração final; Resfriamento; e Ensacamento. Também são abordados os procedimentos para o destino final dos resíduos e efluentes da fabricação de farinha.

O tecnologista da Fundacentro, Luiz Renato, explica que a idéia é futuramente ampliar a experiência do Manual para outros segmentos. "Queremos buscar outros projetos dentro do Sistema Sebrae que tenham a necessidade de incluir saúde e segurança nas pequenas empresas. Nosso desafio para 2007 é disseminar em outras regiões do País o Manual de Referência para Casas de Farinha", explica.

Segurança reforçada

Outra importante ação desenvolvida pela Fundacentro é a criação da ’Estação de Trabalho’. Trata-se de um instrumento para melhorar o trabalho das descascadeiras de mandioca. O equipamento feito de ferro galvanizado é formado por uma cadeira giratória com encosto; um aparador para apoiar as mandiocas que serão descascadas e um segundo aparador para alojar as cascas da mandioca. A cadeira e os compartimentos são todos acoplados uns aos outros, facilitando assim, o uso e o deslocamento do equipamento. A mandioca descascada é colocada numa esteira, que fica do lado direito da descascadeira.

O novo equipamento vai diminuir um dos grandes problemas enfrentados pelas mulheres que trabalham com a atividade, que são as fortes dores no corpo, devido o esforço repetitivo e a posição utilizada para executar o trabalho. Atualmente, as mulheres descascam a mandioca sentadas no chão. A Estação de Trabalho irá eliminar os perigos à saúde e aumentar a produtividade, com a vantagem de manter o local de trabalho limpo e agradável de acordo com as leis em vigor: segurança alimentar, do trabalho e meio ambiente.

A estação também beneficiará o Arranjo Produtivo Local de Madeira e Móveis de Arapiraca, em Alagoas. Isso mesmo. O equipamento, que já está sendo testado em duas casas de farinha, em breve deverá ser produzido com madeira. O custo do equipamento sairá por cerca de R$ 300,00 (trezentos reais). Não é um equipamento barato, mas caso fosse produzido em outro local sairia com um preço bem mais elevado.

Além do ’Manual de Referência para Casas de Farinha’, e a ’Estação de Trabalho’, a ação do Sebrae e da Fundacentro resultou em outros produtos, como o Relatório Técnico, para consulta de técnicos da área; um vídeo institucional, mostrando as boas práticas; as possibilidades de mudança que podem ocorrer na casa de farinha; as ações conjuntas realizadas pelo Sebrae e Fundacentro; e uma mostra fotográfica do trabalho feito em campo. O manual ainda está em fase de conclusão, mas, em breve, deve estar disponível na sede do Sebrae em Alagoas.

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