Aos 12 anos sonhava com um príncipe num cavalo branco. Aos 14, ainda o esperava olhando a estrada, da janela do meu quarto. Aos 16, dei um tempo e percebi que já não se andava a cavalo como antigamente. Aos 18, achei que um motoqueiro também tinha um certo ar de realeza. Aos 20, fugi num fusca vermelho com um típico índio brasileiro. Aos 30, descobri que existe vida, além do sonho. E aos 40, convicta que temos de manter o pé no chão, me pego, de vez em quando olhando a estrada, com cara de boba, esperando um príncipe encantado num cavalo branco. Nota do Editor: Aliene Coutinho é jornalista, professora de Telejornalismo do Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB.
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