Luiz Moura

Ontem (27), cidadãos cansados de presenciarem a lotação das cadeiras destinadas ao público na Câmara Municipal de Ubatuba, por cupinchas de Eduardo César (?), sempre que algum assunto de interesse do gestor maior da administração do "nunca antes (e de novo jamais)" é colocado em votação, anteciparam-se e tomaram-lhes a dianteira.

Escutando rumores que os pedidos de cassação do vereador Jairo dos Santos (PT) e do prefeito Eduardo de Souza César (sem partido) seriam rechaçados pelos vereadores pressenti problemas.

Não deu outra.

A negativa do pedido de cassação do vereador Jairo dos Santos, por parte dos vereadores, foi recebida com uma mistura de palmas e vaias, seguidas por palavras ofensivas e, sinceramente, não consegui distinguir qual era o sentimento que imperava na platéia. Mas após a votação da cassação do prefeito Eduardo de Souza César o tumulto tomou conta do lugar. Os presentes não se contentaram com a recusa do pedido. A platéia, indignada, lançou impropérios contra os vereadores. Até objetos foram jogados na direção dos edis. O vereador Edílson Félix, passou mal e foi retirado às pressas do plenário da Câmara. Os vereadores acompanharam Félix.

Por uma suposta agressão de um partidário de Eduardo César ao vereador Edílson Félix foi criada mais uma confusão. A Guarda Municipal conduziu o suposto agressor para as dependências internas da Câmara com o intuito de protegê-lo. Havia muita gente revoltada e se o pegassem fatalmente iria levar uma boa surra.

Diante da balburdia instalada, a Sessão foi encerrada.

Se os ânimos continuarem exaltados não prevejo boa coisa tanto para o prefeito como para os vereadores que lhe dão sustentação. As demonstrações de descontentamento que presenciei ontem tendem a aumentar.

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O suposto agressor esperou a poeira abaixar e foi conduzido pela Guarda Municipal até um veículo que o esperava. Quanto passaram, vi a silhueta de Moralino Valin Coelho, titular da Administração Regional Sul.