Recebido nos seis idiomas oficiais das Nações Unidas, documento da LBV recomenda boas práticas para eliminação da discriminação e violência contra meninas
No dia 26 de fevereiro, foi aberta, na sede das Nações Unidas em Nova York, a 51ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher. Delegações de dezenas de países estão reunidas até 9 de março para tratar de um assunto prioritário na igualdade de gênero: "A eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as meninas". O encontro pretende fazer uma avaliação das políticas nacionais a fim de garantir o cumprimento da Declaração dos Direitos das Mulheres e das Meninas. A sociedade civil brasileira participa do evento de forma destacada por meio de uma declaração da Legião da Boa Vontade. No documento, traduzido pela ONU em seus seis idiomas oficiais (inglês, francês, espanhol, russo, chinês e árabe), a LBV apresenta boas práticas e recomendações colhidas nos diversos programas e projetos socioeducacionais que desenvolve há 57 anos em todo o País. Essas ações ultrapassam fronteiras, sendo replicadas na Argentina, no Paraguai, no Uruguai, na Bolívia, em Portugal e nos Estados Unidos. Para a Instituição, o tema em debate deve ser pauta urgente das políticas públicas internacionais, porque a violação de gênero, especialmente contra meninas, representa ato abusivo, que não distingue classe social, faixa de renda, cultura ou etnia. O que agrava essa triste realidade é que o sofrimento físico, sexual e/ou psíquico das menores ocorre, muitas vezes, dentro do próprio lar. Outro dado alarmante, segundo recentes pesquisas, revela que uma mulher é espancada a cada 15 segundos no Brasil, mas apenas 10% das vítimas denunciam a violência. Por essa razão, o Presidente da LBV, José de Paiva Netto, apregoa: "Os crimes que se cometem no campo da sexualidade, em virtude do desequilíbrio humano-espiritual, são uma doença a ser curada no seio da sociedade". Com o objetivo de contribuir para reformular as leis de convivência global, a Legião da Boa Vontade desenvolve várias iniciativas consideradas modelo de valorização da mulher e de proteção das meninas. Algumas delas são o programa SER Mulher e seu projeto Cidadão-Bebê, que, ao mesmo tempo em que dão suporte psicológico, alimentar, jurídico e social às atendidas, ajudam a promover a harmonia em família e, conseqüentemente, a prevenir a violência doméstica ao transmitir valores éticos, morais e espirituais. Esse trabalho é reforçado pela Pedagogia do Cidadão Ecumênico, aplicada em todos os atendimentos da LBV. Por aliar intelecto e sentimento, a metodologia também é apontada como eficaz na reeducação familiar. A declaração na íntegra pode ser encontrada no site oficial da ONU (documents.un.org), digitando-se o símbolo de busca E/CN.6/2007/NGO/33. Os sites www.lbv.org.br e www.boavontade.com também disponibilizam a versão completa em português e nos referidos idiomas.
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