Em análise, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo, ressalta a importância dos segmentos de comércio e serviços para o aumento do PIB
A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) ressalta que o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 é muito pequeno para o potencial econômico do país. O resultado ficou dentro das expectativas da entidade, que previa um aumento entre 2,5% e 3%, em comparação com o ano passado. O resultado do PIB foi distribuído da seguinte forma: Agropecuária (3,2%), Indústria (3%), e Serviços (2,4%). O setor de Serviços e o subsetor de Comércio, que tiveram crescimento de 2,4% e 4%, respectivamente, representam juntos 60% do PIB. Na análise da Fecomercio, enquanto estes dois segmentos continuarem com avanços discretos como o ocorrido em 2006, não será viável o crescimento sustentado tão esperado. Segundo o presidente da entidade, Abram Szajman, o comportamento do comércio é fruto do aumento pontual da oferta de crédito e da renda média real ao longo do ano passado. Além disso, Szajman ressalta que dificilmente o governo conseguirá atingir o crescimento de 5% no PIB apenas com o Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC). "Para que ocorra o crescimento sustentado da economia brasileira é primordial que se façam as reformas de simplificação do sistema tributário, trabalhista, previdenciário burocracia, tão aclamadas pela sociedade", comenta Szajman. É importante ressaltar que o Pacote de Aceleração do Crescimento não contribuiu com nenhuma medida específica para atender o segmento de Comércio e Serviços, que emprega a maior parte da mão-de-obra e tem papel decisivo no crescimento sustentado da economia. Além disso, o PAC não propõe medidas importantes para a redução dos gastos públicos.
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