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Informática e Internet
25/03/2007 - 17h53
Usabilidade - sistemas pra lá de amigáveis
Gilda Machado
 

Foi-se o tempo em que a opinião do consumidor era a última coisa a ser considerada num projeto. A necessidade de conquistar e, especialmente de manter o cliente, fez com que todo o comportamento do mercado, do desenvolvimento de produtos ao atendimento no pós-venda, tivessem foco nas necessidades. Neste contexto, uma das ciências que mais avança é a da “usabilidade”, cujo principal objetivo é garantir uma boa experiência do usuário na utilização de um software, de um site e de produto diversos.

Só para se ter uma idéia, muitas empresas da área de software e até estilistas de roupas adotaram a técnica. Ora, a usabilidade é uma metodologia de desenvolvimento focada no usuário. Seu objetivo é fornecer produtos finais com qualidade superior, que propiciem ao usuário bem-estar, saúde e conforto.

Para que a experiência de uso seja a mais agradável possível, emprega estudos que vão da ergonomia, antropometria, fisiologia e biomecânica a testes de utilização para determinar proporções, movimentos e necessidades e, assim, evitar esforço, repetição e desconforto. Neste sentido, engenheiros de usabilidade estudam as características dos produtos; quem vai utilizá-lo; o tipo de uso e outras inúmeras variáveis.

É de suma importância salientar que a usabilidade não deve ser empregada no fim do processo quando o produto já está pronto, mas antes mesmo da sua confecção e também, durante todo o projeto. Para desenvolver um software para escritórios de advocacia, por exemplo, é preciso, primeiramente, compreender as necessidades específicas e considerar o tipo de uso para adequar o produto à sua função. Numa segunda etapa, testes e a observação rigorosa destes vão subsidiar as equipes de desenvolvimento para que o projeto atenda a determinadas especificações e corrija eventuais desvios. Ora, todos os recursos do novo módulo precisam estar em conformidade com o tipo de uso.

Se a usabilidade fosse, sempre, empregada, não teríamos tantos equipamentos precisando de um manual de utilização extenso e muitas vezes incompreensível, tantos são os detalhes e funções que possui. E, como se sabe, a maioria das pessoas não lê o manual e, muitas delas, usam apenas as funções básicas dos aparelhos, cujos inúmeros e sofisticados recursos (e com eles os custos de desenvolvimento) tornam-se inúteis. A usabilidade versa sobre isso.

Por outro lado, muitos sistemas, apesar de comportar uma boa tecnologia, acabam apresentando falta de usabilidade nas suas interfaces, o que torna a experiência desagradável e, muitas vezes, leva o usuário a depor contra o produto ou desconhecer (e, portanto, não usar) a maioria das funcionalidades. Isso acontece porque não há este estudo prévio, antes do desenvolvimento, e, também, porque as áreas envolvidas (engenharia, produção e marketing) acabam tendo objetivos separados a cumprir e relegam o “todo” a um segundo plano. Depois do software estar pronto, fica muito mais difícil implementar mudanças.

Assim, a regra é: todo desenvolvedor precisa avaliar o nível de facilidade de utilização e saber que a interface ideal é aquela que está adaptada às necessidades dos usuários. Se um produto é fácil de usar, aumenta-se a produtividade, o aprendizado é rápido e as operações são facilmente memorizadas, além de se cometer menos erros. Desta forma, é bom anotar, a usabilidade precisa ser uma cultura para os fabricantes de sistemas.

Na verdade, é essencial o envolvimento do usuário durante o projeto para se construir a arquitetura da informação adequada às necessidades. Ora, se os advogados usam mais os sistemas de busca de petições e o de acompanhamento de casos, a usabilidade precisa encontrar maneiras de não apenas facilitar a utilização desses recursos como também tornar esse recurso o mais rápido e eficiente possível. A idéia central é prover acessibilidade total e intuitiva, construindo o software de forma a atender as prioridades e necessidades do causídico.

A usabilidade é a ciência que vai ajudar a construir aplicações fáceis e coerentes para usuários, tornando a tecnologia mais acessível para todas as pessoas. A coerência de que se fala, nada mais é, que o motivo para que funções, ícones etc. sejam desenvolvidos (adequação). Além disso, a tecnologia não deve ser apenas eficiente, ter uma infinidade de funções e recursos, mas precisa ter interface amigável, ergonômica e confortável, facilitando ao máximo a vida do advogado, no nosso exemplo, e de qualquer outro usuário, de modo geral.


Nota do Editor: Gilda Machado é responsável pelo laboratório de usabilidade da BCS Informática, especializada em soluções para escritórios de advocacia e departamentos jurídicos.

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