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COLUNISTA
Nenê Velloso
25/03/2007 - 08h13
Construindo o passado II - 25
 
 

Matarazzo deixou dezenas de projetos estruturais para a cidade. Até hoje, nenhum foi implantado pelos seus 11 sucessores, nem o mais simples, como por exemplo, a abertura de 200 metros de uma rua de ligação entre a rua Rui Barbosa e a rua Guaicurus. Uma ligação inadiável. As inoperâncias dos sucessores, dos vereadores e todos os demais políticos foram tantas que não conseguiram apresentar nenhum projeto alternativo viável. Mas tiveram a mente fértil para destruí-los.

A administração Pedro Paulo Teixeira Pinto emporcalhou a nobre faixa de jundu, de ponta a ponta do município, permitindo a construção desses quiosques horrorosos, que obstruíram a visão da paisagem natural e conseqüentemente a destruição daquela vegetação rasteira (jundu) que embelezava, protegia e alimentava um ecossistema ali existente. Os sucessores, não satisfeitos com os quiosques, emporcalharam ainda mais permitindo a instalação de barraquinhas de ambulantes na areia, alguns desfilando de canto a canto, denegrido a imagem da cidade. Os "ambientalistas" nestes momentos ficam calados.

As autoridades não devem e não podem aceitar como obrigatoriedade gerar empregos a qualquer preço, com o alto custo da degradação das nossas praias para resolver problemas de migrantes que arriscam a sorte vindo para cá a procura de emprego. E, sem a menor dúvida de risco, todos estes que vieram em busca de um novo Eldorado, de uma maneira ou de outra, foram encorajados pelos nossos políticos, com promessas que não podiam cumprir, transformando Ubatuba, uma das mais conhecidas estâncias balneárias do Estado de São Paulo, em albergue.

Agindo dessa maneira estamos incentivando um turismo de baixa qualidade, desrespeitando a própria natureza e principalmente aqueles turistas que buscam em nossas praias momentos de lazer, descanso, descontração, meditação ou simplesmente contemplar o vazio, que se representa quando fixamos o olhar na linha do horizonte. (Nossa imaginação vai além relembrando os entes queridos que já se foram, ou para talvez, em busca de inspiração, conquistar um novo amor, ou recordar amores não correspondidos, ou até mesmo para esquecê-los.)

Permitindo esse tipo de comércio nas praias, estamos matando a nossa galinha dos ovos de ouro e enxotando este filão de turistas especiais para as cidades circunvizinhas.

Turistas estes que eram freqüentadores assíduos de uma Ubatuba que, com o seu passado glorioso, ganhou o título de: Ubatuba, uma pérola rara perdida no Atlântico. A bem da verdade, os sucessores do governo Basílio deram início à deterioração de Ubatuba. Esses políticos insensíveis e incompetentes transformaram nossas praias em um verdadeiro (Largo da Concórdia, SP). Os turistas, migrantes aqui radicados e até mesmo os caiçaras que concordam com essa agressão a nossas praias, não nos interessam, são nocivos ao turismo de qualidade que já tivemos e perdemos. Nossas praias não merecem isso!

Paraty - Vemos, nas praias da Trindade, logo na entrada, duas viaturas da polícia, de plantão. Não permitem a entrada de ambulantes e fazem revista geral em carros suspeitos. Os carros estacionam nas praias, não é cobrado estacionamento (nem é permitido guardadores de carros) e vários ficam com os vidros abertos, lembrando a nossa Ubatuba do passado.

Na entrada, e durante o percurso até a praia, várias placas de advertência: "É proibido ambulante na praia". As praias estão lá, com a sua exuberante vegetação (jundu) ainda intacta.

E nós? Teremos um prefeito macho para reverter a nossa situação? Quem? Quando? Como? Onde? E por quê? Até agora, nossos políticos têm sido mestres em atraírem somente a miséria e tudo mais que é nocivo para o município, mas com tanto que seja vantajoso para eles. Principalmente até quando existir o direito à reeleição. Distribuíram uma enxurrada de licenças para carrinhos de lanches e outros, que por falta de estruturas sanitárias "TODOS CAGAM E MIJAM NA PRAIA" (desculpe o termo, mas não tem outro). Esta nobre faixa da orla que, em todas as cidades litorâneas do mundo, é reservada ao lazer e ajardinamento, em Ubatuba, foi transformada em sanitário a céu aberto.

Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado II.


Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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