Enquanto os projetos primordiais do governo Matarazzo, aqui apresentados (Construindo o passado - I e II), não forem implantados, vocês não tiram Ubatuba desse imbróglio causado pela inércia dos prefeitos, vereadores, advogados, engenheiros, arquitetos, políticos em geral e também outros profissionais que, de uma maneira ou de outra, participaram das administrações seguintes e da atual, que é a 11ª, pós Matarazzo. Hoje é cômodo, na tribuna ou na mídia, se apresentarem como salvadores da pátria, com 42 anos de atraso, como se não soubessem de nada ou como se nunca tivesse existido um projeto. E, com idéias e projetos mirabolantes que levam a nada, para lugar nenhum... a cidade que se exploda! Os projetos de Matarazzo hoje são considerados radicais e inviáveis, mas só na mente dos administradores incompetentes. É o que a cidade nos tem mostrado até hoje. Agora, provocaram todo esse alvoroço na mídia demonstrando preocupação, mas só com a praia Grande, aonde o interesse particular fala mais alto do que o interesse público, pensando somente em defender o leite das crianças. A Prefeitura continua sendo um refúgio para a maioria desses profissionais. Ela, quando precisa de um projeto de vulto, recorre à iniciativa privada, é o caso do projeto apresentado pelo arquiteto Renato Nunes. E quem paga a conta dessa inoperância administrativa é o contribuinte, por isso nós temos o IPTU mais caro do Brasil. No governo passado, falava-se de mais de 15 engenheiros na Prefeitura. E agora, têm quantos? Mas a teta está secando! A cidade está à venda, e com um agravante, sem interessados. Uma cidade sem especulação imobiliária é uma cidade falida, morta. Lembrem-se disso, em um passado próximo, já tivemos um engenheiro que virou quibe! Veja o que disse um morador da praia Grande há 10 anos, no jornal A Cidade, 29 de junho de 1997, página 14: “Tenho notado que, sempre que alguém quer ganhar dinheiro, seja porque meio for, pensa nela (praia Grande)”. Nada mudou 25 anos depois, piorou. Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado II.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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