Tenho a convicção que, todos os projetos que forem apresentados e insistirem em passar pela rodovia SP-55, para tentar resolver o problema de congestionamento da praia Grande, são mirabolantes, por isso, nós do governo Matarazzo, convictos da magnitude do problema para o futuro, optamos pelo óbvio: projeção da reta das Toninhas através de um túnel, passando nos fundos dos loteamentos da praia Grande até o trevo, exatamente para tirar o trânsito pesado da frente da praia. Até agora, ninguém falou na retomada da avenida marginal que foi invadida por alguns proprietários lindeiros. Tem macho na Prefeitura pra isso? No meu entender, a maioria dos engenheiros e arquitetos que estiveram à frente da Secretaria de Arquitetura e Urbanismo da Prefeitura, e que tinham conhecimento do plano viário, não o aceitavam porque os autores não eram doutores. Então, viraram as costas para o problema e permitiram que construíssem na frente (continuação) da avenida Professor Lauristano, que foi projetada exatamente com a finalidade de ser interligada, futuramente, com a reta das Toninhas, por intermédio de um túnel. E quanto aos prefeitos, engenheiros e arquitetos, do setor público e privado, quando eram questionados sobre o projeto Matarazzo, por pessoas que sabiam da importância e concordavam com o projeto, retorcendo o canto da boca, e outras gesticulações que diziam mais que palavras, respondiam com evasivas, alguns com ironia: - O projeto do Roberto Nelsen (Nilsen) e dos dois capangas dele é uma poesia! É inviável. Aonde se viu fazer túnel?! Éramos alvos de brincadeiras e gozações dos próprios funcionários, lamentavelmente dos mais graduados, que por algum motivo vinham à Seção de Desenho: - É aqui a seção dos poetas? O túnel já começou? E o próximo vai ser aonde? - Agüentamos calados. Todo esse pessoal ainda reside na cidade. Hoje, com a maior cara-de-pau, alguns deles quando encontram comigo dizem: - Você viu? Agora é que vão pôr o projeto de vocês no chão, 40 anos depois. Não, esse não é o nosso projeto! O nosso passava pelos fundos dos loteamentos para resolver o problema da cidade e, o atual é para resolver os problemas daqueles que invadiram a marginal, deixando a cidade em segundo plano. Agora chegou a hora da retomada e os engenheiros da Prefeitura, por enquanto, estão calados. Para resolver o problema viário da praia Grande, para sempre, só nos resta uma saída: desapropriação de tudo o que foi construído na projeção da avenida Professor Lauristano. Para mim, é ponto pacífico. A prefeitura que reveja em que condições foram feitas estas aprovações... e pau na máquina! Doa a quem doer, porque se executarem o projeto pretendido, vão empurrar o problema para administrações futuras e, alguém vai ter que dar um basta nisso, então que seja agora. Vamos passar a praia Grande a limpo, JÁ!!! A partir do loteamento Praia do Sol, olhando a grosso modo, até a faixa dos 25 metros de domínio do DER entrou na dança. Cadê a turminha que diz amar Ubatuba? A turminha só aparece quando há interesse pessoal ou quando a TV VANGUARDA está presente. Aí, todo mundo quer abraçar Ubatuba, mas esse amor ferrenho declarado, termina quando alguns da turminha conseguem uma boquinha em qualquer departamento público estadual ou federal, de preferência municipal que é facílimo. Se for casado, primeiro tenta colocação da mulher ou do filho. É o que nós temos assistido. Não, não me recordo que os profissionais que já estiveram à frente da Secretaria de Arquitetura e Urbanismo, pós governo Matarazzo, tenham dado um risco sequer ou se preocupado com o sistema viário da cidade. Limitaram-se apenas a aprovações de plantas. Se eu estiver enganado, venham a público exibir os seus projetos. Porque se tivessem, não chegaríamos ao ponto em que chegamos hoje, e muito menos agora, com a reserva absurda de 2,50 metros de largura para a implantação das ciclofaixas, obrigando os automóveis a transitarem em fila indiana, e os ciclistas em fila tríplice, o que deveria ser ao contrário. Os ciclistas, continuam transitando na contramão e, a cada dia que passa, os turistas vão deixando de vir para Ubatuba, considerando ser uma cidade problemática. Isso já é voz corrente entre eles. Os turistas que eu me refiro não são os bebedores de cerveja. No dia 27-03-2006, às 10h43, quase fui atropelado por uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, placa BVZ-0845. O policial dirigindo em velocidade incompatível e agressivamente, com a sirena desligada, buzinando, batendo sucessivamente com a mão na porta, invadiu a ciclofaixa. Simplesmente jogou viatura em cima de mim. Por sorte, aproveitei um rebaixo do meio-fio e subi na calçada e quando retornei, quase fui atropelado outra vez, agora por uma picape Strada azul, que acompanhava a viatura federal. Os desvairados seguiram espalhando os ciclistas para fora da ciclofaixa, em toda a extensão da rua Professor Thomaz Galhardo. Como não se ouvia a sirena, os ciclistas transitavam tranqüilamente sentindo-se seguros e protegidos... pela ciclofaixa. Mesmo que estivesse transportando um acidentado não se justificaria esse procedimento, tentando salvar um e matando uma dúzia! Por sorte, neste horário o movimento é fraco, se fosse em horário de pico, o atropelamento dos ciclistas seria inevitável. Espero que o prefeito localize esse policial inconseqüente e exija que seja transferido para outra cidade, bem longe daqui. Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado II.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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