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COLUNISTA
Nenê Velloso
05/04/2007 - 07h06
Construindo o passado II - 33
 
 

Nos fins de semana, em apenas 40 minutos de vôo, nas asas tranqüilas e seguras do pioneiro bimotor Douglas DC-3 da VASP, decolava-se do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e pousava-se no aeroporto Gastão Madeira em Ubatuba, pontualmente às 9 horas da manhã do sábado. O avião retornava à capital na segunda-feira pela manhã. Nos fins de semana, o pátio para taxiar ficava lotado, com 12 a 15 aeronaves estacionadas.

A pista de pouso era dotada de balizamento noturno, permanecia iluminada e preparada para uma eventual emergência, e também demonstrava a dinâmica do governo Matarazzo. Caiçaras e turistas ficavam horas, à noite, na cabeceira da pista, contemplando o céu estrelado na esperança de ver um pouso ou uma decolagem. E não se pode deixar de passar em branco, a importância do aeroporto Gastão Madeira de Ubatuba na catástrofe de Caraguatatuba em 18 de março de 1967.

Os visitantes eram recepcionados com colares de flores pela secretária de Turismo, a competente Lia de Barros. "Foi um baluarte do turismo em Ubatuba". Os turistas visitantes pela primeira vez eram encaminhados aos hotéis e, uma Kombi da Secretaria de Turismo fazia o transporte gratuitamente, e depois, eram levados a conhecer o centro da cidade e as praias.

Esses turistas visitantes eram geralmente grandes empresários, engenheiros, arquitetos, médicos, advogados, jornalistas, políticos, artistas, escritores, historiadores, esportistas e magnatas diversos, todos renomados. Ah! Como eu sinto falta desse pessoal! Andando descontraídos pelas nossas ruas de terra batida e esburacadas, com chapéu de palha na cabeça, camisa aberta no peito e pés descalços, eram eles, e nós, os caiçaras.

Um casamento que deu certo, mas durou pouco. Os sucessores de Matarazzo não souberam ou não quiseram preservar isso. Esse pessoal freqüentava a praia do Tenório. Alguns eram amantes da praia do Perequê-Açú e Itaguá, aproveitando-se dos poderes curativos de seus areais monazíticos, se enterravam na areia até o pescoço. Ainda não se falava na praia Grande, a nobre faixa de jundu, ainda era mato fechado. Hoje, tudo poluído.

No domingo, o pioneiro DC-3 fazia vários vôos panorâmicos, com uma duração de 15 minutos cada. Sobrevoava a Ilha Anchieta, e dali seguia para a costa norte, voando baixo, mostrando nossos costões e praias até a praia do Camburi, divisa com Paraty. Centenas de fotos eram batidas pelos turistas e gente da terra, e em todos os vôos, a presença marcante da inconfundível e competente secretária do Turismo: a saudosa Lia de Barros.

Estamos devendo a ela uma homenagem que a perpetue na cidade onde passou a maior parte da sua vida. E, como a prefeitura está reorganizando a Secretaria Municipal de Turismo, com a criação do Conselho Municipal de Turismo, lembremos desde já o seu nome, para patrona dessa realização.

Aí fica a idéia para os legisladores de Ubatuba, que em sua memória, atribuindo ao CENTRO DE IMFORMAÕES TURÍSTICAS o nome de "LIA FAGUNDES DE BARROS" será, por essa forma, não apenas um repositório para relembrar o passado, mas também conservará para todos nós, eternamente viva, a recordação daquela que foi a amiga comum de todos, e que a boa amiga da cidade, sirva de paradigma às novas gerações.

E que essa idéia, seja estendida também para o topógrafo ROBERTO CARLOS NORRIS NIELSEN, pela sua competência e conduta exemplar ao projetar o Plano Viário da Cidade. É mais do que justo, perpetuar sua memória, atribuindo a uma avenida do bairro do Perequê-Açú, o seu nome, aonde viveu até os seus últimos dias.

E também, para o pioneiro empreendedor e ferrenho amante de Ubatuba, o Dr. LYCURGO BARBOSA QUERIDO, que atuou em vários ramos: telefonia, aviação, clube social, imprensa, editora gráfica, empreendimentos imobiliários, construção civil, política (foi vereador em Ubatuba) e ações sociais. Essa é uma oportunidade para o prefeito Eduardo César cumprir o que prometeu em campanha: RESGATE UBATUBA.

Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado II.


Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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