Saiba como recuperar seus créditos!
A Páscoa é o símbolo da ressurreição. Durante as comemorações desde a Semana Santa que antecede, até o dia festivo, alimenta-se do bom e melhor, desde o bom pescado aos ovos de chocolate. Viagens neste período sempre são bem-vindas para muitos. São dias em que os brasileiros gastam muito e sem se preocupar com o futuro. E por se tratar de festa e feriado prolongado muitos acabam se esquecendo dos problemas, e sem perceberem, entram em outros. Passado os dias de descanso ou curtição é hora de colocar a cabeça no lugar e voltar a uma vida normal! Normal? Para alguns acabar os dias de folga significa tortura, pesadelo, uma vez que embora a festa seja santa, beberam em excesso e tiveram outras regalias, e para isso foram exigidos gastos e mais gastos que agora vão prejudicar o orçamento. Sempre que os feriados acabam é a mesma história: bolso vazio e um monte de dívidas para pagar. O jeito agora é o endividado tentar encontrar uma saída para o labirinto que ele mesmo construiu. E um bom jeito de encontrar esta saída é se convencer que o problema não se resolve da noite para o dia, e nem é possível solucioná-lo fazendo cortes em gastos essenciais. Pelo contrário, a recomendação do Consultor Financeiro e Presidente da Boriola Consultoria, Dr. Cláudio Boriola é que se siga a direção inversa, ou seja, estabelecer um planejamento do orçamento familiar, de maneira que fique fácil verificar quanto se ganha e quanto (e onde) se gasta. “Feito um planejamento, o consumidor tem de aprender a cortar gastos que aparentemente não pesam no orçamento - coisas como aquele chopinho com os amigos no final de tarde a passadinha na lanchonete para saborear um sanduíche, por exemplo. Estes são gastos pequenos dos quais quase ninguém se dá conta, mas que se forem freqüentes, vão sim pesar no bolso no final do mês. Reduzir a conta de telefone fixo, falar menos ao celular, deixar o carro alguns dias na garagem, cortar serviços dispensáveis, diminuir os gastos com hábitos como o cigarro e evitar viagens são outros exemplos”. Autor do livro Paz, Saúde e Crédito, ele orienta que o endividado deve colocar na ponta do lápis todos os seus gastos e a receita familiar, discriminando gastos fixos, despesas variáveis, dívidas atrasadas e pagamento de impostos. Se o orçamento estiver no vermelho, será preciso também elencar as dívidas (valor inicial e o atual) e o percentual de juros que incide sobre elas. "Esses números permitirão que o endividado tente renegociar os valores junto aos credores, uma medida que recomendo firmemente. Se a pessoa está acostumada a comprar um determinado produto, deve passar a consumir outro de menor valor. Estamos falando de algum sacrifício, é claro, mas é preciso ter em mente que o mais importante, a prioridade, é pagar as dívidas sem ter que recorrer a empréstimos. Contrair um débito para quitar outro é uma boa maneira de nunca se livrar do problema". Ele também recomenda que seja separado um valor, mesmo que mínimo, do orçamento mensal para pagar cada um dos débitos. "Se a pessoa ganha, por exemplo, R$ 1 mil, tem um gasto mensal fixo de R$ 600, com uma sobra de R$ 400 e dívidas de R$ 1 mil, a melhor alternativa é dividir os R$ 400 de forma que seja possível pagar as parcelas de todos os débitos, sem atrasar nenhum", explica. Outra dica para se livrar das dívidas é o endividado aplicar a regra dos quatro “Ps”: Planejar, Pesquisar, Pechinchar e procurar Pagar sempre a vista, orienta Boriola.
|