Falta de manutenção das ruas gera poluição no ambiente marinho
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Maior atenção deveria ser dada pelos gestores e órgãos públicos aos efeitos funestos da falta de manutenção das vias públicas nas áreas costeiras. Além dos incômodos rotineiros já sabidos de desvalorização dos imóveis, desgaste excessivo e conseqüente manutenção da suspensão dos veículos, lama dentre outros, temos que alertar nossas autoridades para os efeitos do aumento de turbidez gerada pelo excesso de lama levada até o mar. Em loteamentos como por exemplo o Jardim Alice e Altos da Praia Vermelha que há anos estão abandonados pelo poder público, o efeito do descaso das autoridades faz-se sentir na fauna marinha da (já sacrificada pelo lançamento de esgotos) baía do Itaguá. A questão é simples: como as ruas não tem nenhuma manutenção, a erosão carreia (carrega) para o mar em dias de chuva, uma enorme quantidade de lama. A lama, entra em suspensão na água do mar e causa inúmeros distúrbios tais como impedir a penetração de luz (importante para sobrevivência das algas e do fitoplancton bases da cadeia alimentar marinha), entupimento das brânquias (órgão que permite a absorção de oxigênio) de peixes e invertebrados, bem como o soterramento dos invertebrados que vivem junto ao fundo. Além dos efeitos acima, são carreados também junto com a lama, nutrientes que em excesso causam o fenômeno conhecido como eutrofização que pode levar por exemplo à proliferação excessiva de algas (e outros organismos) e até a formação das chamadas marés vermelhas. Outro prejuízo é o estético, pois as águas normalmente azuis esverdeadas ganham cor marrom que contrasta negativamente com as paisagens deslumbrantes da região. Desta forma, coloca-se aqui de público esta questão para que seja chamada a atenção dos gestores e demais órgãos que cuidam da questão ambiental em nossa cidade para evitarem a continuidade deste crime ambiental passível de representação junto ao MP.
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