Todos que já passaram pelas dores, indisposições, falta de apetite, transtornos metabólicos e sofrimentos da dengue estão apavorados com futuras recaídas e possíveis complicações. Os temores aumentam quando se observa certa morosidade e suposto descaso na tomada de providências urgentes, possíveis e necessárias. Os temores tornam-se medos aprofundando na vasta literatura sobre a doença e, particularmente, lendo artigo publicado na Folha de S.Paulo pelo ilustre Secretário de Estado da Saúde, do Estado de São Paulo, Dr. Luiz Roberto Barradas Barata. (Folha A 3 de 20-04-07). Para partilhar meus temores com os possíveis leitores transcrevo alguns de seus parágrafos: "Vamos direto ao ponto: a dengue é uma doença grave que está cada vez mais perigosa e pode, em alguns casos, até matar". "Como o vetor está cada vez mais adaptado aos centros urbanos e, ao inimaginável, aumento dos resíduos sólidos (lixo e entulhos), favoráveis a sua reprodução, erradicá-lo é uma tarefa muito difícil". "O número de casos entre os paulistas neste ano é 27% inferior ao registrado no mesmo período de 2006..." "Apesar da diminuição, que é importante, nem de longe podemos descuidar do combate ao mosquito. Neste ano já ocorreram oito óbitos por dengue, dos quais seis por dengue hemorrágica. Em 2006 foram 14 óbitos em todo o Estado. Estes dados evidenciam a necessidade de redobrarmos os esforços para o combate à doença". "A Secretaria de Estado da Saúde reservou, neste primeiro semestre, cerca de 20 milhões exclusivamente para combate à dengue e o ministério irá repassar diretamente aos municípios paulistas mais de 40 milhões para controle de doenças". Sem entrar no mérito dos surtos epidêmicos, como é o caso de Ubatuba, o Sr. Secretário recomenda: "Atividades de alerta e combate ao mosquito, como: visita casa a casa vistoriando os imóveis e orientando à população, retirada de entulhos, distribuição de panfletos, nebulização para atacar mosquitos adultos e envolvimento de toda a população nessas tarefas". Tudo isso de forma contínua e ininterrupta. "Somente desta forma o controle da dengue terá resultados mais efetivos, evitando-se novas internações e mortes pela doença". Do texto, do Dr. Barradas Barata, é possível concluir que, UBATUBA, a partir de agora, necessita providências urgentes, imediatas e efetivas para combater a epidemia, (não podemos esperar que ocorram novas mortes), e que, no futuro, não poderá mais descuidar o combate ao mosquito, já que erradicá-lo é difícil. Para isso terá recursos vindos da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde. É só fazer os expedientes burocráticos necessários à vinda desses recursos e empregá-los para a finalidade que são destinados. Essas medidas devem ser urgentes, bem planejadas e eficientes. Oba obas nada resolvem. Em 31 de março tivemos o desprazer de ouvir, da Polícia Militar, que não sabiam o que tinham vindo fazer aqui e que o descontrole e a falta de planejamento era total. A população formou esse mesmo conceito. D. Maria Aparecida Cunha, no depoimento, na Câmara, "O POVO QUER SABER" recolheu esse sentimento do POVO. Para ela nossos parabéns. Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
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