Luiz Moura

- Passe por lá agora e veja a iluminação que o prefeito mandou colocar. A praça não está mais às escuras!

- Às 08h30? Você está me dizendo que com esse sol todo, por ordem do prefeito, todas as luzes da praça estão acesas?

O montante empregado (suponho que em torno de R$ 514.961,96) e o resultado apresentado após 11 (onze) meses de "obra", 05 (cinco) acima do prazo máximo previsto, podem ser aferidos por qualquer pessoa que visite a Praça 13 de Maio. Quem a conheceu antes não terá dificuldade em constatar as "diferenças".

- Só isso? Esperava ver algo impactante após tanto tempo e dinheiro gastos. - foi o comentário que mais ouvi após a "libertação" da praça.

No discurso da "reinauguração" diante de muitos funcionários públicos municipais ("convocados"), de pessoas trazidas gratuitamente por ônibus e de curiosos moradores do Centro, "Pinocchio", como já era esperado, disse uma série de balelas (entre foguetório) da qual pincei: nenhuma árvore saiu da Praça 13 de Maio; os operários que ali trabalharam não foram afetados pela dengue; com a movimentação da água, provocada pelos chafarizes, em conjunto com os peixes que comem mosquitos e larvas depositados nas águas, o Aedes aegypti não terá vez no local; os tijolinhos (pavers) são a enésima maravilha do mundo moderno; cada bairro do município tem uma melhoria implantada pela administração do "nunca antes (e de novo jamais)"...

O que muita gente notou foi que a "reurbanização" deixou a desejar. Faltam bancos; os peixes ainda são promessas; os chafarizes estão "mudos"; não foram colocadas mesas para a prática de esportes de tabuleiro; esqueceram das crianças (sequer fizeram um pequeno playground); um estacionamento para bicicletas ficou a ver navios; a observação de pássaros, em espaço tão promissor, passou despercebida pelos iluminados...

Manter a água limpa, circulando e impedir a criação dos mosquitos da dengue, nos três espelhos d’água, não vai ser tarefa das mais simples, tendo em vista a conhecida "eficiência" das Prefeituras na manutenção dos próprios municipais. Espero estar errado. A maioria esmagadora dos espelhos d’água, em praças públicas, que conheci por esse Brasil(zão) afora não inspira modelo a ser copiado.

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A dúvida maior é se a "depilação" das árvores foi feita com cera quente ou com laser. Há quem afirme que "gillette" foi usada. E pelo amor de D’us, não venham, a maneira dos postes, com a cor "azul dudu" nas árvores da praça.